4º Livro Profético - Daniel



Autor: O Livro de Daniel o identifica como o seu autor (Daniel 9:2; 10:2). Jesus menciona Daniel como o autor também (Mateus 24:15).
Data: Abrange 606 a 537 a.C da história
Local: Babilônia
Conteúdo: 12 capítulos e  357 versículos

“Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste.” (Daniel 3:17-18)

1 – Introdução

Livro de Daniel é um livro do Antigo Testamento, cujo título é derivado do nome do profeta. Nas bíblias cristãs, como por exemplo, na Tradução Brasileira da Bíblia, vem depois do Livro de Ezequiel e antes do Livro de Oseias. Alguns trechos são escritos em hebraico (1:1-2:3; 8:1-12:13) e a maioria em aramaico (2:4 a 7:28), havendo também as adições em grego (versículos 24 a 90 do cap. 3 e caps. 13 e 14) não encontradas na versão da Bíblia proposta por Lutero, ou seja, são partes acrescentadas pela igreja católica e tido como apócrifos.
Sendo o quarto livro dos Profetas Maiores no Antigo Testamento, caracteriza-se por cores vivas de simbolismo e reflete eventos históricos heróicos durante o exílio babilônico do povo judeu.
Por não ser um livro fácil de entender, a sua interpretação requer um estudo cuidadoso e de reflexão. O próprio Daniel escreveu, ao refletir sobre o significado de uma de suas visões “Mas eu estava chocado com a visão e não entendia” (Dn 8:27).


2 - Estrutura e Conteúdo do Livro

A tradução grega do Antigo Testamento conhecida como Septuaginta ou a Versão dos Setenta coloca o livro de Daniel entre os “profetas maiores”, em continuação a Ezequiel. Por sua vez, a Bíblia Hebraica o situa entre os Escritos (ketubim), isto é, no grupo de textos que constituem a terceira parte do cânon. Essa localização é muito significativa, dadas as importantes características que diferem Daniel dos demais Profetas (nebiim), e permitem considerá-lo, com toda propriedade, como um livro pertencente à chamada “literatura apocalíptica”, ou simplesmente uma literatura histórica para os judeus.
O livro de Daniel é formado por duas partes: uma, pelos caps. 1-6, e a outra, pelos caps. 7-12.
A primeira parte é essencialmente uma narrativa histórica dos judeus na Babilônia. A fim de demonstrar que a sabedoria e o poder de Deus estão infinitamente acima de toda possibilidade e compreensão humana.
A segunda parte (caps. 7—12) contém uma série de visões simbólicas com uma linguagem apocalíptica.


ESTRUTURA LITERÁRIA DO LIVRO

SEÇÃO HISTÓRICA


CAPÍTULOS


HISTÓRIA

DATA
Capítulo 1
Daniel e seus amigos a serviço de Nabucodonozor
605 a.C
Capitulo 2
O sonho da estátua
604 a.C
Capitulo 3
A fornalha de fogo ardente
580 a.C
Capitulo 4
A loucura de Nabucodonozor
569 a 562 a.C
Capitulo 5
A festa de Belsazar
539 a.C
Capitulo 6
Daniel na cova dos leões
537 a.C


SEÇÃO PROFÉTICA



CAPITULOS


HISTÓRIA

DATA
Capitulo 7
As quatro feras
550 a.C
Capitulo 8
O bode e o carneiro
548 a.C
Capitulo 9
As setenta semanas
539 a.C

Capitulo 10 a 12
Tempo da cólera e Tempo do fim, além das disputas do "Rei do Norte" com o "Rei do Sul"

537 a.C


3 – Contexto Histórico do Livro

O livro de Daniel começa o seu relato dizendo que o rei de Judá era Jeoaquim, filho do antigo rei/reformador Josias. Josias foi morto na batalha contra os egípcios em Megido (2 Cr 35:20-27; 2 Rs 23:28-30), sendo substituído por seu segundo filho, Jeoacaz, que governou só três meses (2 Rs, 23:31-34; 2 Cr 35:1-8).
O rei do Egito, que na ida para a guerra contra os povos do Eufrates matara Josias, na volta manda prender Jeoacaz e o depõe, substituindo-o por seu irmão Eliaquim, a quem mudou o nome para Jeoaquim.
Jeoaquim esperando receber apoio dos egípcios se rebela contra os babilônicos, não pagando tributo ao rei Nabucodonosor. “É provável que ele esperasse a ajuda do Egito, mas isso não aconteceu (2 Rs 24.7)”. Jeoaquim morre antes da chegada dos exércitos de Nabucodonosor, sendo substituído por seu filho Joaquim que é levado cativo para a Babilônia, junto com pessoas da realeza e tesouros reais.
Nesse período Daniel já estava na Babilônia. Ele foi levado em um primeiro cerco a Jerusalém por volta do ano 605 a.C. 
Nabucodonosor fez três incursões sobre Jerusalém:

·         Em 606 a.C., levou os nobres (dentre eles Daniel) e os vasos do templo.
·         Em 597 a.C., levou sacerdotes, dentre eles Ezequiel, ferreiros e ourives
·         Em 586 a.C., após dezoito meses de sítio, os exércitos do rei da Babilônia saquearam a cidade de Jerusalém. Dessa vez, levou os artesãos e comerciantes que lhes interessava. Os demais ficaram na cidade, mesmo esta estando destruída.

Depois que Joaquim é deposto, o rei Nabucodonosor coloca como rei de Jerusalém Zedequias, irmão de Jeoaquim. Que reinou por 11 anos até se rebelar contra a soberania babilônica em 587 a.C., depois de aproximadamente 2 anos de cerco, Jerusalém é destruída e o seu povo é levado cativo para a Babilônia.
Já na Babilônia segue-se o reinado de Nabucodonosor que aparece até o capítulo 4 do livro.
Entre o reinado de Nabucodonosor e Belsazar (cap. 5) outros três reis reinam na Babilônia, mas não são descritos no livro de Daniel. Estes são os reis segundo a história da Babilônia encontrada no Museu Britânico.



REIS DA BABILÔNIA


DATA

TEMPO DE REINADO
Nabopolasar (Nabopolassar)
625 a 605 a.C
21 anos
Nabucodonozor
604 a 562 a.C
42 anos
Evil-Merodaque (Amel-Marduk)
562 a 560 a.C
2 anos
Nebuzaradã (Neriglissar)
559 a 556 a.C
4 anos
Labashi-Marduk
556 a.C
9 meses
Nabonido / Belsazar
555 a 539 a.C
17 anos
Ciro II (regência de Dario)
539 a.C
Conquistou a Babilônia

DECRETO DE CIRO

536 a.C

LIBERTAÇÂO DOS JUDEUS


“Amel-Marduk (562-560), filho de Nabucodonosor (conhecido como Evil-Merodaque em 2 Rs 25.27-30), Neriglissar (559-556) e o seu inapto filho, Labashi-Marduk (556)”. Depois de Belsazar que assume o trono é Dario, o medo, como regente do Grande Ciro (o persa) em 539 a.C (5.31).
Babilônia tornou-se império em 609 a.C

4 - Quem foi Dario, o Medo

No Antigo Testamento, há menção de um Dario do qual não podemos associar com a pessoa do famoso Dario I (conhecido como Dario, o Grande)
O Dario da bíblia, o medo, viveu no tempo de Daniel e recebeu o Império Neobabilônio, após a morte de Belsazar, das mãos de Ciro II.
Ele era tio de “Ciro, o grande e casou sua filha com ele. Por não ter filhos homens, entregou a Média para Ciro, e teria recebido a Babilônia como satrapia, aos sessenta e dois anos de idade.
A Babilônia Foi dividia em 120 satrapias, e colocou, sobre estes sátrapas, três governadores, um dos quais era o profeta Daniel, tornando-se amigo de Daniel (cap 6)
O nome Assuero (ou Xerxes I), a quem a bíblia refere-se como seu pai, também não é o Assuero que se casou com a rainha Ester.
O nome Assuero, é uma palavra persa e significa Majestade, sendo um título genérico, e é usada na Escritura para, pelo menos, quatro pessoas diferentes. A sujestão do nome do pai é que Dario seria descendente das casas reais tanto da Média quanto da Pérsia.
Já o nome do Assuero do livro de Ester, na verdade era Jshāyār Shah, também conhecido como Xerxes rei da Pérsia, que reinou 485 a 464 a.C.
(aqui está a confusão de alguns teólogos acharem que a rainha Ester viveu antes do período exílico, pois confundindo os nomes, acreditam que o Dario regente da Babilônia, teria sido filho de Assuero, que casou-se com Ester)

5 – Quem foi “Ciro, o Grande”

Ciro nasceu para reinar, escolhido e ungido de Deus, para cumprir planos do Senhor (Isaías 45)
Após a morte de seu pai, em 559 a.C., Ciro tornou-se rei de Anxam (antiga cidade persa, capital do reino de Elam)
Ciro foi um príncipe persa com ascendência na casa real dos medos, até então o povo dominante do Planalto Iraniano. A versão da história do nascimento de Ciro, segundo Heródoto, consta que o rei medo Astiages, seu avô, teve um sonho em que uma videira crescia das costas de sua filha Mandame, mãe de Ciro, lançando gavinhas que envolviam toda a Ásia. Sacerdotes lhe advertiram que a videira era seu neto Ciro (cujo nome persa era Curus), e que ele tomaria o lugar do velho reino da Média no mundo. Então o rei medo mandou seu mordomo que o matasse nas montanhas. O mordomo, chamado Harpago, se comoveu com a beleza da criança e o entregou aos cuidados de um pastor. Ao descobrir a traição, Astíages esquartejou o filho de Harpago, e o serviu em um jantar para o mordomo, que apenas soube o que estava comendo quando levaram a última travessa à mesa: a cabeça de seu filho.
Ciro finalmente se tornou rei dos persas entre 559 a 530 a.C, sendo o criador do maior império até então visto na história, e autor do decreto de libertação dos judeus da Babilônia (Esdras 1).

6 – O Sonho de Nabucodonozor e as Visões de Daniel

Daniel 2 – Em seu sonho, o próprio rei estava testemunhando o poder de Deus em cada detalhe do que havia sonhado.
·         Cabeça de Ouro (versos 37-38) - Babilônia foi muito bem simbolizada pelo ouro. Sua principal divindade era Bel-Marduque, uma imagem de ouro.Contudo, o império babilônico não duraria para sempre. Passariam 70 anos, de 609 a.C a 539 a.C, e ele seria derrotado por outro poder, simbolizado pelo peito e braços de prata.
·         Peito e Braços de Prata (verso 39a e 5:28) - Como a prata é inferior ao ouro, o reino que seguiu Babilônia era inferior em riqueza, luxo e ostentação. Mas como o peito e braços são maiores que a cabeça, esse império que sucedeu o domínio mundial foi maior, em extensão. Como havia dois braços na estátua, ele foi um reino composto de dois aliados – os medos e os persas – que conquistaram Babilônia em 539 a.C. Ciro, general que comandou os exércitos medo e persa, estava predito, pelo nome 150 anos antes, em Isaías 44:28 e 45:1. O império medo-persa governou o mundo até 331 a.C.
·         Ventre de Bronze (verso 39b) - O ventre de bronze da estátua representava o domínio da Grécia. Alexandre o Grande, rei da Grécia (Daniel 8:21), aos 33 anos de idade, liderou os gregos para conquistar os medos e os persas na “Batalha de Arbela”, em 331 a.C.O império grego permaneceu até 168 a.C. Os soldados gregos se distinguiam por sua armadura de bronze. Seus capacetes, escudos e machados eram de bronze. Heródoto nos diz que Psamético I do Egito viu nos piratas gregos que invadiam suas costas o cumprimento de um oráculo que predizia a “homens de bronze que saem do mar”. Pernas de Ferro (verso 40) - O reino que seguiu a Grécia foi o poder na forma de ferro de Roma, o qual dominou o mundo desde 168 a.C. As pernas são a maior parte do corpo, assim como também foi o império de Roma, o maior de todos, e que mais tarde também foi sub-dividido em 2 (duas pernas), sendo o império ocidental e oriental. Roma também era conhecida por ser violento, intolerante, e por seu poder bélico nas armas de ferro, e também pela alta capacidade em mineração, em sua maior parte, do minério de ferro. Na descrição desse quarto poder, estava previsto que ele se levantaria “contra Jesus Cristo, o Príncipe dos príncipes.” Daniel 8:25. A autoridade romana durou até o quinto século da nossa era, quando as tribos bárbaras provenientes do norte invadiram a Europa.

·         Pés e Dedos de Barro e Ferro (versos 41-42) - A divisão do império romano pelos bárbaros ocorreu em 476 d.C. Roma foi dividida em dez estados separados, distintos – a exata quantia dos dedos dos pés da estátua. Essas divisões foram: os francos, que vieram a ser (formar) a França; os anglo-saxões, que vieram a ser (formar) a Inglaterra e conseqüentemente os EUA; Os germanos, que se tornaram a Alemanha; os suevos, mais tarde Portugal; os visigodos, que formaram a Suíça; os lombardos, que são do norte da Itália e os vândalos, hérulos e ostrogodos que, mais tarde, conforme a predição profética de Daniel 7:8 e 24, foram totalmente destruídos.

6.1 - O que significa essa Pedra, qual a sua Simbologia?

Existem alguns detalhes muito importantes descritos na profecia de Daniel capítulo 2 que devemos dar atenção:
SOBRE A PEDRA
SOBRE O REINO

1
“Uma pedra”
1
Não faz parte da estátua, é um corpo estranho
2
“Soltou-se” (Mt 24:30)
2
Vem do céu
3
“Sem auxílio de mãos”
3
Não existe interferência humana em seu estabelecimento.
4
“Esmigalhou”
4
Destruição total.
5
“Encheu toda terra”
5
Será mundial
6
“Estabelecerá um reino que jamais será destruído”
6
Será eterno.

Basta compararmos texto com texto (Isaías 28:10), sem esquecer o contexto em que tudo foi escrito. Assim, vejamos quem ela diz ser a Pedra: Em outras palavras, a Pedra que vem do Céu representa Jesus voltando à Terra, para estabelecer um reino eterno. Isso faz muito sentido quando nos lembramos da Sua promessa:
Em Daniel 2 descobrimos que estamos vivendo na época dos “dedos da estátua.” Vivemos no fim da história dos impérios e quase no início de um novo tempo. Em Apocalipse 13:1, é retratada uma “besta de 7 cabeças e 10 chifres que tinham diademas em cada um e sobre suas cabeças nomes de blasfêmia”. Ou seja, podemos entender que ainda haverá uma tentativa de criação de 10 reinos ou 10 nações líderes mundiais que são oriundas ou descendentes das 7 cabeças, ou reinos mundiais antigos.
Mas, como bem sabemos, a profecia de Daniel diz que o ferro e barro não se misturam e não permanecem unidos, Então, esses futuros reinos também não subsistirão. Esses 10 reinos serão formados politicamente, comercialmente e talvez até religiosamente entre centenas de nações, fortes e fracas (assim como o ferro é forte e o barro é fraco), e estes reinos surgirão na grande tribulação dos últimos dias, antes da volta de Jesus Cristo.
A Pedra que Daniel viu atingirá as nações e encherá todo o planeta estabelecendo um novo e último império mundial, eterno, glorioso, perfeito. Uma simbologia da volta gloriosa de Cristo nos ares com Seu exército para guerrear a favor de Israel na batalha do Armagedom.


7 – As Setenta Semanas de Daniel
 
Bom, para compreendermos a profecia das 70 semanas determinadas sobre Jerusalém e os judeus, necessitamos, primeiramente entender e levar em conta tudo, o que diz a Lei sobre eles; e também atentar à época e a condição que Jerusalém se encontrava quando esta profecia lhe fora promulgada: pois estava destruída, e com inúmeros judeus mortos, outros tantos dispersos em vários países e ainda outros cativos na Babilônia, expulsos da terra de Israel.
Foi nesta condição: de estar Jerusalém destruída (e também rejeitada) é que Deus lhe determinou estas 70 semanas de anos sobre a cidade santa.

Devido à desobediência e rebeldia dos filhos de Israel, suas doze tribos que formavam um único reino, foram divididas em dois:
·         Reino de Israel, a norte (englobando dez tribos) e
·         Reino de Judá, ao sul (com duas tribos), e apenas o reino do sul (Judá) era governado por descendentes de Davi.
O Reino do Norte (Israel) devido a seu pecado é desapossado da terra (a mando do Senhor) pelos reis da Assíria, e transportado a outras nações. (II Rs. 17:17-18 - II Rs. 17:23-24)
Já o reino de Judá (também por pecado e rebeldia) é rejeitado, e Jerusalém e o Templo são destruídos. (II Rs. 23:27), e milhares de judeus caíram pela espada e pela fome, outros tantos são levados cativos à Babilônia, ficando na cidade, destruída, somente os mais pobres entre o povo. (II Reis 25:12; II Reis 25:11 - Jer. 52:26-30)

"E queimou-se a casa do SENHOR e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém, e todas as casas dos grandes queimaram. E todo o exército dos caldeus, que estava com o capitão da guarda, derrubou os muros em redor de Jerusalém." (II Rs. 25:9-10)
Segundo a palavra do Senhor, por boca de Jeremias, esse cativeiro perduraria na Babilônia por 70 anos (Jr 25:11, 29:10). Essa contagem dos 70 anos (de cativeiro) só começaria a contar depois da completa destruição de Jerusalém pelos caldeus, fato ocorrido no ano 19º de Nabucodonosor, rei da Babilônia – 586 a.C e terminaria com a reconstrução do templo em 516 a.C.
Passados os 70 anos, a Babilônia é conquistada por Medos e Persas, então, o rei da Pérsia, Ciro (no seu 1º ano de reinado – 537 a.C) lança um decreto, por ordenação Divina, convocando aos judeus ao retorno à pátria, e à Jerusalém, a fim de se edificarem o Templo do Senhor e a cidade. (Esd. 1:1-3)
Na época em que Ciro faz o decreto para reconstruir o templo em Jerusalém (Ed 5:13), é que, Daniel suplica a Deus pelos pecados de seu povo e pela desolação de Jerusalém (Dan. 9:1-23); e o Senhor lhe responde com esta profecia por meio de um anjo estabelecendo-nos: as 70 semanas determinadas sobre Jerusalém e os judeus: Daniel 9:24.


 
Para entender melhor, precisamos saber que os 70 anos de cativeiro não são contadas às “70 semanas” da visão de Daniel.
Lembrando que dia cada corresponderá a um ano, e que cada semana corresponderá a 7 anos. Então:
 
·         7 semanas (49 anos)  - pra se restaurar e edificar a cidade e o Templo de Jerusalém.
·         62 semanas (434 anos) - até o Messias, o Príncipe  (9:25)
·         Após as 62 semanas - o Messias é cortado (morto) ( 9:24,25 e 27)
·         Depois da destruição do templo e da cidade de Jerusalém, em 70 d.C, iria se passar algum tempo (indeterminado) e outro “rei” se levantaria trazendo paz entre as nações e aliança com Israel, que duraria 1 semana (7 anos), mas na metade deste tempo (3 anos e meio), este “rei” faria uma grande abominação no novo templo que faria Israel quebrar a aliança feita com este “rei”.

O espaço existente entre as semanas 69 e 70 (tempo indeterminado), seria ocupado pela “Era da Igreja”. No entanto, durante este tempo Deus também tem tratado com o povo judeu e com Israel como nação.e essa evidências são notórias em nossa época.
Alguém que odiava os judeus perguntou a um velho judeu:
"O que você pensa que acontecerá com o seu povo se nós continuarmos perseguindo vocês"? O judeu respondeu: "Haverá um novo feriado para nós!" "O que você quer dizer com isso?", perguntou o outro, "como vocês podem ter um novo feriado se continuarmos perseguindo vocês?" O velho judeu disse: "Veja bem, Faraó quis nos exterminar – e nós recebemos um feriado: a Páscoa! Hamã quis enforcar Mordecai e exterminar todos os judeus – e nós recebemos um novo feriado: Purim! Antiôco, o rei da Síria, quis exterminar os judeus. Ele ofereceu um porco ao deus Júpiter no templo – e Israel recebeu outro feriado: Hanucah! Hitler quis nos exterminar – e nós recebemos mais um feriado: Yom Ha’atzmaut, o Dia da Independência! Os jordanianos ocuparam Jerusalém Oriental durante 19 anos, impedindo-nos de orar no Muro das Lamentações, até que, no ano de 1967, nossos soldados libertaram Jerusalém Oriental. Desde então festejamos anualmente o Yom Yerushalaym, o Dia de Jerusalém! E caso continuarem nos perseguindo, receberemos mais feriados da parte de Deus!" 
Então por que 70 anos de cativeiro?

Tratava-se de uma disciplina da parte de Deus para com Israel pela quebra deliberada dos preceitos divinos prescritos em (Lv 25.3-5; 26.14,33-35; 2 Cr 36.21).
O cativeiro de Judá foi, em grande parte, fruto da desobediência dos judeus quanto às palavras do Senhor, nos textos acima mencionados e vemos nas passagens de Levítico, acima, que Deus determinou a observância de um ano sabático, ou ano de descanso, quando a terra descansava um ano, o que devia ser observado a cada 7 anos.
Ora, durante os quase 490 anos que vão do inicio da monarquia de Israel ao seu cativeiro eles não cumpriram este preceito do Senhor. Então Deus mesmo fez a terra repousar, mantendo seus maus “inquilinos” fora, por 70 anos. Portanto, 70 anos é o total de anos sabáticos ocorridos no espaço de 490 anos. Deus sabe muito bem lidar com pessoas e nações que quebram as suas leis, mesmo as civis, como esta que acabamos de mencionar.
Partindo do inicio do reinado de Saul, 1065 a.C. até a data do cativeiro, 586 a.C. dá em torno de 490 anos, aproximadamente, já que não sabemos quando o povo deixou de guardar os sábados.
Então, as causas do exílio, foram:

·         A quebra da aliança estabelecida entre Deus e o povo (Jr 11:3-5,8; Jr 2:13; Jr 2:5,11; Jr 17:5,7,10)
·         Injustiças Sociais e Governos opressores (Jr 21:12; 22:13 e 17; Jr 5:28; Jr 22:3-5; Jr 34:14-17)
·         Falsos Profetas e Sacerdotes corruptos (Jr 7:12-15; Jr 7:9-10)

Tendo em vista que a bíblia nos mostra que Deus usa o fogo para purificação, eis o motivo pela qual Jerusalém e o templo foram destruídos e totalmente queimados (Ml 3:2-3; Zc 13:9).
8 - Conclusão
Como temos visto, atualmente há várias nações estão querendo se unir para derrotarem uma “pseudo crise” (que nunca acaba), e já existem blocos econômicos fechados que logo estarão contemplando o planeta inteiro, a nação que não aderir, terá terríveis conseqüências.
Estamos vivendo os dias dos “dedos da estátua”, logo virá o grande dia da Pedra cortada sem auxílio de mãos, que é Jesus. Esse dia em que Jesus Cristo voltará está próximo, agora a grande pergunta que fica é: Você está preparado (a)?


Glossário:
Aramaico – Durante o século XII a.C., os arameus, os originais falantes do aramaico, começaram a se estabelecer em grande número nas regiões onde atualmente situam-se a Síria, o Iraque e a Turquia oriental. Adquirindo importância, passou a ser falado por toda a costa Mediterrânea do Levante. A partir do século VII, o aramaico, que era utilizado como língua franca no Oriente Médio foi substituído pela Língua árabe.
O aramaico utilizado por Daniel corresponde justamente àquele utilizado em meados no 6º século a.C. nas cortes reais.

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