13º Livro Profético - Sofonias
Autor: Sofonias
Data: 624 a.C
Alvo: Anunciar o dia da
ira do Senhor ao povo de Judá e a Sua justiça as outras nações.
Contemporâneo: Jeremias
Conteúdo: 3 capítulos e 53
versículos
"O SENHOR, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para
salvar-te; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor,
regozijar-se-á em ti com júbilo." (Sofonias, 3:17)
1 -
Introdução
O livro é uma advertência sóbria a respeito do dia do castigo
divino contra o pecado. Embora percebesse um castigo vindouro em escala
mundial, (1.2; 3.8), Sofonias focalizava especialmente o julgamento que viria
contra Judá (1.4-18; 3.1-7). Ele faz um apelo à nação para que se arrependa e
busque o Senhor em humildade antes que o decreto entre em vigor (2.1-3). O
arrependimento nacional ocorreu parcialmente durante o reavivamento de Josias
(623 - 609 a.C.). Sofonias também profetizou o juízo vindouro contra cinco
nações estrangeiras: Filístia, Amom, Moabe, Etiópia e Assíria (2.4-15). Depois
de dirigir sua atenção aos pecados de Jerusalém (3.1-7), o profeta prediz um
tempo em que Deus reuniria, redimiria e restauraria o seu povo. Os fiéis
gritariam de alegria como verdadeiros adoradores do Senhor Deus, que estaria no
meio deles como um guerreiro vitorioso (3.9-20).
2
– Sofonias e seu Contexto Histórico
No reinado de Josias, Judá estava
sujeito à Assíria havia quase um século, quando Acaz pediu ajuda a Tiglath
Pileser III contra Damasco e a
Samaria, em 730 a.C.. Durante o longo reinado de Manassés (697-642), o jugo
assírio pesou sobre Judá e as influências estrangeiras penetraram em todo o
lado, tanto nos costumes como nas práticas religiosas. Em 2 Rs 21,3-9 é narrada
a introdução de cultos estrangeiros: reconstrução dos lugares altos, altares a
Baal, prática de adivinhação e magia e outros cultos idólatras.Quando o rei
Josias subiu ao trono, Judá necessitava de uma série de reformas, tanto no
plano social e político, como no plano religioso.
Sofonias, cujo nome significa “o
Senhor esconde”, era tataraneto do rei Ezequias. Ele profetizou durante o
reinado de Josias (640-609 a.C.), o último governante piedoso de Judá. Sua
referência a Jerusalém como “este lugar” (1.4), bem como a descrição minuciosa
de sua topografia e de seus pecados, indicam que residia na cidade. Como
parente do rei Josias (primo de 3º), tinha imediato acesso ao palácio real.
Conforme era de se esperar, suas profecias focavam a palavra do Senhor endereçadas
a Judá e às nações. O pecado dos quais Sofonias acusava Jerusalém e Judá
(1.4-13; 3.1-7) indicam que ele profetizou antes do reavivamento e reformas
promovidas por Josias. Período este marcado pela iniqüidade dos reis que
antecederam a Josias (Manassés e Amom). Foi somente no décimo segundo ano do
reinado de Josias (628 a.C.) que o rei empreendeu a purificação do povo com o
banimento da idolatria e a restauração do verdadeiro culto ao Senhor. Oito anos
mais tarde, ordenou o conserto e a purificação do templo. Nesta ocasião, foi
descoberta uma cópia da Lei do Senhor (2 Rs 22.1-10). A descrição que Sofonias faz das
lamentáveis condições espirituais e morais de Judá deve ter sido escritas por
volta de 630 a.C. É provável que a pregação de Sofonias tenha tido influência
direta sobre o rei, inspirando-o em suas reformas.
Jerusalém foi destruída em 586 a.C, quase 40 anos depois de
Sofonias ter predito isto
3 –
Estrutura e Conteúdo do Livro
O
conteúdo do livro se divide conforme os capítulos:
- Capítulo 1 - prediz a destruição
de Jerusalém devido à sua rebeldia, especialmente a idolatria.
- Capítulo 2 - olha para os povos
ao redor e fala do castigo que Deus traria contra os filisteus, os
moabitas, os amonitas os etíopes e os assírios.
- Capítulo 3 - reforça a profecia
contra Jerusalém, mas encerra com uma mensagem de esperança e restauração
de um povo espiritual que andaria em comunhão com Deus.
Há
várias mensagens importantes em Sofonias. Entre elas:
1 ) A realidade da
justiça divina.
Mesmo tratando do seu povo escolhido, Deus usa linguagem forte para falar de um
castigo terrível. A justiça de Deus é vista como assunto desagradável e
incoerente quando falamos sobre o amor e misericórdia do Senhor. Mas a Bíblia -
tanto no Antigo como no Novo Testamento - claramente ensina que Deus castiga e
destrói as pessoas e as nações que persistem na rebeldia contra ele. É no Novo
Testamento que encontramos estas afirmações fortes: “Considerai,
pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade;
mas, para contigo, a bondade de Deus, se nela permaneceres; doutra sorte,
também tu serás cortado” (Romanos 11:22)
“Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido
o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo
contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a
consumir os adversários...Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:26,27,31).
2 ) A realidade da
clemência divina.
Sofonias não negligencia a mensagem da graça. O mesmo Deus que traria tamanho
castigo contra seu povo lhes estenderia a sua misericórdia. “O SENHOR, teu Deus, está no meio de ti,
poderoso para salvar-te; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no
seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo” (Sofonias 3:17). Estes dois aspectos do trabalho
divino ilustram bem o conceito bíblico do Dia do Senhor. Seja o castigo de uma
cidade, uma nação ou do mundo inteiro, é um dia no qual Deus rejeita e castiga
os rebeldes, mas salva e protege os fieis.
3 ) O que Deus deseja
do homem.
No contexto das ameaças contra os gentios da Filístia, Deus disse: “Buscai o SENHOR, vós todos os mansos da terra, que cumpris o seu juízo;
buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura, lograreis esconder-vos no dia
da ira do SENHOR” (Sofonias 2:3).
As pessoas que aceitam este convite divino são as mesmas que recebem Sua graça
salvadora: “Mas deixarei, no meio de ti, um povo modesto e
humilde, que confia em o nome do SENHOR” (Sofonias
3:12).
Sofonias
nos ajuda a entender o conceito do Dia do Senhor, uma expressão que identifica
um dia no qual Deus acerta as contas, salvando os obedientes e humildes e
castigando os rebeldes e orgulhosos.
3.1 - O JULGAMENTO DIVINO (2.4 – 3.8)
O
profeta acrescenta detalhes a respeito do julgamento que brevemente virá ao
nomear nações específicas.
Ele
retorna uma descrição de como Deus julgaria por meio dos babilônios. Esses
oráculos de julgamento são semelhantes aos encontrados em outros profetas (Is 13-30; Ez 25-32;
Am 1.3-2.3).
Sofonias
especifica seis nações (incluindo Judá; 3.1-5) em cinco oráculos que terminam
num pronunciamento resumido da destruição mundial (3.6-8).
Palavras
de salvação para o remanescente de Judá (2.7,9), assim como uma palavra de
esperança a respeito das nações (2.11), encontram-se espalhadas ao longo desses
oráculos.
O
texto segue um padrão presente nos livros dos profetas, como Jeremias e
Ezequiel: uma palavra de advertência a Israel, um julgamento das nações e uma
promessa futura de restauração.
A.
Contra a Filístia (2.4-7)
Os
filisteus haviam atormentado Israel desde o tempo de Sansão (Jz 13.1; 15.20).
O
“ai” que introduz o verso 5 é a mesma palavra de maldição pronunciada
posteriormente sobre Jerusalém (3.1). É uma fórmula literária usada para
introduzir uma terrível ameaça.
Eles
seriam completamente aniquilados e suas terras passariam a pertencer aos
restantes da casa de Judá. Os judaítas (descendentes dos filhos de Judá: Farés, Hesron,
Carmi, Hur e Sobal) que sobrevivessem ao julgamento e voltassem para a
terra possuiriam as terras da Filístia. Outras referências ao remanescente em
Sofonias podem ser encontradas em 2.9; 3.9-13.
Os
fracassos daqueles que retornaram do exílio causou um atraso no cumprimento
dessa promessa; ela não começou a ser cumprida até a primeira vinda de Cristo (Ef 1.19-23), e não será completamente cumprida até que Cristo
volte e conceda domínio ao seu povo na nova terra (2 Tm 2.11; 21.1-22.5).
Isso
haveria de acontecer porque Deus os visitaria e os faria retornar do cativeiro,
ou atentaria para eles e lhes mudaria a sorte. Essa frase amplamente empregada
refere-se à futura salvação de Israel além do julgamento (Dt 30.3; SI 14.7; Jr 30.3,18; 32.44; Am 9.14),
o que às vezes se aplica ao retorno do povo do exílio. Veja 3.20, onde a mesma
frase descreve o destino futuro de Israel após o exílio.
B.
Contra Moabe e Amom (5.8-11)
Essas
nações são tratadas em conjunto em razão de seus ancestrais comuns (Gn 19.4-5, 36-38).
No
juízo de Deus sobre elas, as mesmas tornar-se-iam como Sodoma e como Gomorra,
cidades que representam o pecado e servem como tipos do julgamento final de
Deus sobre os pecadores (Is 1.9; Am 4.11; 2 Pe 2.6).
A
comparação é pertinente à luz da estreita associação de Sodoma com o ancestral
de Moabe e Amom (Gn
19.4-5, 36-38).
Depois
do juízo, eles serão saqueados e o restante do povo de Deus, o remanescente que
possuirá a Filístia, também aqui os possuirá. Deus mesmo iria destruir todos os
seus deuses que não são deuses e cada um, desde o seu lugar, de todas as ilhas
dos gentios, viriam para adorar ao Senhor – (Sf 3.9-10; SI 72.8-11; Is 56.6-7)
C.
Contra a Etiópia (2.12)
O
remoto povo do alto Nilo não escaparia. A espada do SENHOR – vs. 12 – os
mataria, provavelmente pelas mãos dos assírios (Is 10.5)
Deus
usa em seu juízo quem Ele quer e o que Ele quer. Muitas vezes usa a própria
natureza, mas aqui no caso, outro povo que não teria piedade.
D.
Contra a Assíria (2.13-15)
Os
assírios conquistaram o Reino do Norte em 722 a.C. e afligiram Judá, o Reino do
Sul.
Os
babilônios conquistaram Nínive em 612 a.C. o que sugere que a profecia de
Sofonias é anterior a essa data.
Eles
eram tão arrogantes que ousavam dizer que eram únicos e que além deles não
haveria outra nação semelhante. Essa arrogância é expressa numa linguagem
semelhante àquela usada apenas pelo Soberano Senhor (Dt 4.39; Is 45.5-6; 47.10).
E.
Contra Jerusalém (3.1-5)
Agora
a palavra profética de Sofonias é contra Jerusalém que logo é chamada de
rebelde e contaminada, cidade opressora. Nesse caso, as referências a profetas,
sacerdotes, ao santuário e à lei indicam que o profeta se dirigia a Jerusalém.
Esse
oráculo pressupõe o crime mais hediondo, uma vez que os crimes de Jerusalém
eram cometidos contra o Senhor que havia falado de maneira especial aos seus
habitantes e os havia escolhido entre todos os povos (Am 2.4-5,10-16; 3.2).
O
povo e os líderes eram acusados de infidelidade (3.1-4) em contraste com a
fidelidade do Senhor (vs. 5). A acusação geral de 1.17 agora se torna
específica.
No
versículo 4, existem verbos interessantes falando da maneira como Deus age
conosco.
1. Obedecer
à sua voz – Deus nos fala quer por sua palavra, quer por outros meios,
mas Ele fala e nos mostra a sua vontade para obedecermos.
2. Não
aceitar o castigo. As conseqüências de não obedecer a voz do Senhor podem
trazer para nós problemas e situações difíceis, mas resistimos a elas achando
que são por puro acaso e nada tem a ver com Deus. (vs. 7.) É tão
importante aceitar a correção que a incapacidade de ser receptivo a ela conduz
à morte (Pv 5.23;
Jr 2.30; 5.3; 7.28; 32.33), e a sua aceitação leva à vida. (Pv 6.23).
3. Não
confiar no Senhor. Além de não obedecer, nem aceitar a sua correção, não
confiamos no Senhor que se importa e cuida de nós.
4. Não
se aproximar do Senhor. Por fim, o que fazemos é piorar a nossa situação
porque não nos aproximaremos Dele, antes buscaremos outra coisa para ocupar o
lugar do Senhor e isso é um terrível engano. A frase "aproximar-se do seu
Deus' significa "aproximar-se de Deus de maneira própria em adoração"
(Lv 9:5-8;
10.4-5; 16.1.). O culto deve vir do coração e não apenas da boca (Is 29.13; Jo 4.24).
Os
versos 3 e 4 (Mq
3.9-11) fazem acusações graves contra os príncipes, juízes, profetas
e sacerdotes que estavam em benefício próprio pervertendo o direito, a justiça
e o juízo.
Eles
eram como leões rugidores. As imagens dos leões e dos lobos imundos descrevem
aqui a natureza predatória, feroz e gananciosa dos oficiais do governo cujo
ofício era proteger a sociedade e dar estabilidade a ela.
Os
seus profetas e os seus sacerdotes (Is 28.7; Jr 4.9; 5.31; 6.13; 8.10; Os 43-6)
eram levianos, homens hipócritas (Mq 2.6-11; 3.5-8), mas no meio dela, o Senhor era
o sol da justiça. Sofonias contrasta a presença do Senhor justo, dentro de
Jerusalém, com a presença dos líderes corruptos e injustos, também presentes
ali.
A
essência da promessa do Deus da aliança é a sua presença no meio do seu povo (Êx 33.14-15; Nm
14.14; Is 43.2). O fato de
Deus estar no meio (ou dentro) de Jerusalém é aqui considerado como uma ameaça
de julgamento, mas o mesmo termo hebraico no vs. 17 (onde é traduzido por
"no meio de ti.) significa salvação.
O
Senhor, nos versos 6-8, proclama que seria contra todas as nações. Os inimigos
de Deus, inclusive os ímpios em Judá seriam convocados a se apresentar e seriam
submetidos à ira e à indignação de Deus (Ap 16.1).
Ele
promete exterminar as nações (Is 24.11) derramando sobre elas a sua indignação
e todo o ardor de Sua ira fazendo com que toda a terra seja consumida pelo fogo
de Seu zelo. Isso porque não obedeceram à Sua voz, não aceitaram a Sua
disciplina, não confiaram no Senhor e não O buscaram, nem Dele se aproximaram –
vs. 6-8.
4 – Sofonias
no Novo Testamento
Jesus pode ter aludido a Sofonias duas vezes (Mt 13.40-42; Mt
24.29). Ambas as referências acham-se associadas à sua segunda
vinda. Os escritores do NT entendiam a mensagem de Sofonias a respeito do “dia
do SENHOR” como uma descrição dos eventos escatológicos que terão início na
grande tribulação e culminarão quando Jesus voltar para julgar os vivos e
os mortos (1.14
com Ap 6.17; 3.8 com Ap 16.1). Freqüentemente, o NT refere-se à
segunda vinda de Cristo e ao dia do juízo como “o Dia” (1 Co 3.13; 2 Tm
1.12,18; 4.8).
5 -
Conclusão
Grande
parte das bênçãos finais sobre Sião (pronunciadas nos versículos 14-20) ainda
está para ser cumprido, o que nos leva a concluir que são profecias messiânicas
que aguardam a segunda vinda de Cristo para serem finalmente concretizadas. O
Senhor removeu o nosso castigo somente através de Cristo, o qual veio para
morrer pelos pecados de Seu povo (Sofonias 3: 15; João 3: 16).
Entretanto,
Israel ainda não reconheceu o seu verdadeiro Salvador. Isso ainda está para
acontecer (Romanos
11: 25-27). A promessa de paz e segurança para Israel, numa altura
em que o seu Rei está no seu meio, será cumprida quando Cristo voltar para
julgar o mundo e resgatá-lo para Si próprio. Assim como Ele subiu ao céu depois
da Sua ressurreição, assim Ele regressará e criará uma nova Jerusalém na terra (Apocalipse 21).
Nessa
ocasião, todas as promessas de Deus para Israel serão cumpridas.
Curiosidades:
·
Filístia - Sua origem é citada
em Gn, 10:14 e 1 Cr, 1:12, como descendentes de
Casluim, filho de Mizraim (Egito) filho de Cão. Ocupavam cinco cidades-estado
principais: Azoto (Asdote), Gaza, Ascalom (Asquelom), Gate e Ecrom. Suas
divindades: Dagom, Astarote e Baalzebube. Controlavam as fundições de ferro (1 Sm, 13:19-22), eram ourives competentes (1 Sm, 6:4-5) e sua cultura era superior a dos
israelitas, no ponto de vista material.
·
Moabe – Sua origem é citada
em Gn 19:30-37, quando a filha mais velha de Ló
o embebedou para ter relações sexuais com ele afim de ter um filho. Ficava a
leste do mar Morto. Na época dos juízes, os moabitas governaram os israelitas
por 18 anos e só foram libertos do jugo, quando Eúde, um juiz benjamita, matou
o rei Eglom (Jz, 3:12-30). Rute a moabita,
casou-se com Boaz descendente de Judá tornando-se ancestral do rei Davi e de
Jesus Cristo (Rt, 4:18-22 e Mt, 1:5)
·
Amom – Da mesma forma que
os moabitas, sua origem é citada em Gn, 19:30-37,
quando a filha caçula de Ló o embebedou para ter relações sexuais com ele afim
de ter um filho. Ocupavam um território a leste dos Amorreus, onde havia uma
raça de gigantes (Dt, 2:20). Eram governados por
um rei (1 Sm, 12:12), sua divindade era Moloque (1 Rs, 11:7) e sua capital era Rabé (Ramate Amom) onde
posteriormente se chamou Filadélfia.
·
Etiópia - A Etiópia é mencionada, tanto no antigo
Testamento, quanto no novo. A primeira vez que a Etiópia é mencionada na Bíblia
é em Genesis 2:13, sob o nome de “Terra de Cuxe” (ou Cush,
ou Cuche). Cuxe era neto de Noé, filho de Cam. A terra de Cuxe era a região, ao
norte da África, habitada pelos descendentes de Cuxe. Moisés se casou com uma
mulher cuxita, a rainha de Sabá que foi visitar o rei Salomão, também era deste
país (2 Cr, 9). A HISTÓRIA SECULAR (não bíblica),
consta na tradição e autos oficiais etíopes, conta que a Rainha de Sabá
possivelmente teve um filho com o Rei Salomão, chamado Menelek, e este se
tornou o primeiro imperador da Etiópia. Menelek foi o fundador da
"Dinastia Salomonica" da Etiópia que governou o país com poucas
interrupções durante aproximadamente TRÊS MIL ANOS ou 225 gerações, depois
terminadas com o Imperador Haile Selassie (cujo nome significava Leão de
Judá) em 1974. A Etiópia também e a terra origem do café e de onde veio o
primeiro homem.
·
Assíria - Os assírios eram semitas, tal como os babilónios e os
arameus (Gn 10:22). Os assírios eram as pessoas dominantes no antigo Oriente Médio. Seu
reino ficava entre os rios Tigre e Eufrates, e as suas duas cidades principais
foram Assur e Nínive. Eles subiram ao poder em algum momento entre 1500 e 1100
a.C, e seu reino caiu em 612 a.C. A Babilônia foi a sua grande concorrente pelo
domínio. Eventualmente, a Babilônia se libertou e destruiu Nínive, marcando o
fim do Império Assírio. Os profetas Oseias, Amós, Isaías e Miqueias advertiram
Israel que os ataques assírios eram castigo de Deus pela desobediência de
Israel. O livro bíblico de 2 Reis narra várias batalhas entre Israel e Assíria,
incluindo um cerco de Jerusalém, em última análise, sem sucesso. Ezequiel
discute a arrogância dos assírios, e Jonas é enviado para avisar o povo de
Nínive que Deus tem a intenção de destruí-los. Mais tarde, Naum e Sofonias
profetizaram cada um a queda do Império Assírio e de Nínive, em particular.
·
Entre os séculos XI e VII a.C., a Assíria construiu um
extenso império (aliás, o primeiro império que pode assim ser chamado)
abrangendo a maior parte da Ásia ocidental e, por algum tempo, o Egito. O
domínio assírio era bem violento com os povos submetidos ( e, após a queda da
capital assíria (Nínive), em 612 a.C., os assírios foram completamente
exterminados e o seu nome desapareceu da história.
Comentários
Postar um comentário