5º Livro Histórico - 1 e 2 Reis
Data: 1 Reis = 986 a 868 a.C / 2 Reis
= 870 a 586 a.C.
Autor: Anônimo. Estes dois livros
originalmente eram um só rolo.
Local: Israel, Assíria e Babilônia
Palavra-Chave: Ascensão e Divisão / Declínio e
Queda
“E se você andar segundo a minha vontade, com integridade de coração
e com retidão, como fez o seu pai Davi, se fizer tudo o que eu lhe ordeno,
obedecendo aos meus decretos e às minhas ordenanças, firmarei para sempre
sobre Israel o seu trono, conforme prometi a Davi, seu pai, quando lhe disse:
Você nunca deixará de ter um descendente para governar Israel”. (1 Rs 9:4,5)
1 – Introdução
O livro de 1 Reis
continua a história iniciada nos livros de 1 e 2 Samuel.
Este livro começa com a
morte de Davi e traça a história do povo durante aproximadamente 120 anos. Este
período inclui o reinado de Salomão, a divisão do reino em duas partes (Israel
e Judá), e os reinados dos primeiros reis nas duas nações.
Os dois livros de Reis
mostram que cada rei é julgado de acordo com a sua fidelidade a Deus, ao passo
que sua desobediência e idolatria levavam ao fracasso toda a nação, enquanto a
fidelidade do rei levava ao progresso.
Ao longo de 22
capítulos, do primeiro livro surgem os profetas de Deus, e Elias se destaca por
sua fé e coragem, inclusive com os profetas de Baal.
Já o segundo livro pode
ter uma espécie de divisão, pois relata a história de dois reinos, no Norte e
do Sul. O primeiro livro fala da queda de Samaria e o segundo da conquista de
Jerusalém pelo rei Nabucodonosor. A queda dos reinos de Israel acontece porque
seus reis haviam sido infiéis com os princípios do Senhor, deixando toda a
nação vulnerável.
2 - Resumo de 1 Reis
O Livro de 1 Reis
começa com a morte de Davi e a coroação de Salomão e termina com Elias. A
diferença entre os dois nos dá uma ideia do que aconteceu. Salomão nasceu
depois de um escândalo real entre Davi e Bate-Seba. Como seu pai, ele tinha uma
fraqueza por mulheres que chegaria a derrubá-lo. Salomão fez bem, no início, ao
orar por sabedoria e construir um templo a Deus que levou sete anos. Em
seguida, no entanto, ele passou 13 anos construindo um palácio para si mesmo.
Seu acúmulo de mulheres o levou ao paganismo que o afastou de Deus.
Após a morte de
Salomão, Israel foi dividida e passou a ter dois reis governando ao mesmo
tempo. Um lado ficou conhecido como Reino de Judá, onde permaneceu a linhagem
davídica, e o outro o Reino de Israel, onde nenhuma dinastia perdurou.
Esses reis levaram toda
nação para longe de Deus, e entre os reis mais perversos estavam Acabe e sua esposa
Jezabel, os quais introduziram a adoração a Baal no Reino de Israel. E
Manassés, filho do rei Ezequias, o qual a maldade foi punida com o exílio
babilônico (2 Cr 33:1-17; 2 Rs 20:17-19; 21:12-13,16).
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ISRAEL – POTÊNCIA
MUNDIAL (1200 A 750 A.C) |
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REINO UNIDO (1065 a 945 a.C)
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REI |
TEMPO DE REINADO |
DATA |
PROFETAS
|
|
Saul |
40
anos (1 Sm 10:17-27) |
1065
a 1025 a.C |
Samuel |
|
Isbosete |
2
anos (2 Sm 2:10) |
1025
a 1018 a.C |
|
|
Davi |
7
anos e 6 meses em Hebrom 33 anos em Jerusalém (2 Sm 5:5) |
1025
a 1018 a.C 1025
a 985 a.C |
Samuel,
Natã e Zadoque |
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Absalão |
Rebelião
para tomar o trono (2 Sm 15:10) |
993
a 992 a.C |
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Adonias |
Usurpou
o trono (1 Rs 1:5-10) |
986
a.C |
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|
Salomão |
40
anos (1 Rs 11:42) |
985
a 945 a.C |
Natã
e Aías |
Só existiam quatro
maneiras de se chegar ao trono:
·
Nomeado
por uma autoridade superior (rei, sacerdote ou profetas);
·
Escolhido
pelo povo;
·
Por
usurpação do trono;
·
Por
herança. Sabendo que o profeta estava acima do rei, hierarquicamente
(hierarquia espiritual).
Durante o período em
que Israel era um único reino, seus reis (Saul, Davi e Salomão) o fizeram
expandir territorialmente, tornando-o um país rico, poderoso e potencialmente
forte.
Tanto, que na época de
Salomão, Israel atingiu seu ápice e se cumpriu a promessa de Deus feita a
Moisés feita em Dt 28:1-14 – confira
com 1 Rs 4:20-28.
E os motivos que
levaram o reino a dividir fora a idolatria de Salomão e toda a quebra de
estatuto descrita em: Dt 17:14-20 –
confira com 1 Rs 11:1-25.
Obs: Perceba a área ocupada
territorialmente por Israel em cada reinado.
Perceba que a área
verde pertence a Saul, a roxa a Davi, e a que se sobrepõe num amarelo
esverdeado a de Salomão, seguido da ruptura dos reinos e a perda de terras dos
dois reinos por último. O que nos mostra que o reino dividido não subsiste
literalmente (Mt 12:21).
3 – Resumo de 2 Reis
Por isso o Senhor disse: Também retirarei Judá da minha presença,
tal como retirei de Israel, e rejeitarei Jerusalém, a cidade que escolhi, e
este templo, do qual eu disse: Ali porei o meu nome. (2 Rs 23:27)
O livro de 2 Reis retrata
a queda do reino dividido. Os profetas continuam a alertar as pessoas que o
juízo de Deus está próximo, mas elas não se arrependem.
O reino de Israel é
repetidamente governado por reis maus, e apesar de alguns dos reis de Judá agir
corretamente, sua maioria também afasta o povo da adoração ao Senhor.
O Reino de Israel
(Norte) é eventualmente destruído pelos assírios, e cerca de 140 anos depois o
Reino de Judá (Sul) também é destruído pelos babilônios.
Existem três temas de
destaque presentes no livro de 2 Reis.
1.
O
Senhor julgará o seu povo quando eles desobedecem e virarem as costas para Ele.
A infidelidade dos israelitas foi refletida na idolatria perversa dos reis e
resultou em Deus exercendo Sua justa ira contra a rebelião.
2. A palavra dos verdadeiros profetas de
Deus sempre se realiza. Porque o Senhor sempre cumpre Sua palavra, assim também
as palavras de Seus profetas são sempre verdadeiras.
3.
O
Senhor é fiel. Ele se lembrou de sua promessa a Davi (2
Sm 7:10-13) e, apesar da desobediência do povo e dos reis perversos que
os governaram, o Senhor não deu um fim à família de Davi.
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ASSÍRIA – POTÊNCIA
MUNDIAL – 750 A 612 a.C |
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QUEDA DE ISRAEL
(721 Aa.C) – ASSÍRIOS
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REINO SUL – JUDÁ
(2 Tribos – Capital: Jerusalém)
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REI |
TEMPO DE REINADO
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DATA |
PROFETAS |
|
Roboão |
17 anos (1 Rs 14:21) |
945 a 929 a.C |
Semaías |
|
Abias |
3 anos (1 Rs 15:1-2) |
928 a 926 a.C |
|
|
Asa |
41 anos (1 Rs 15:9-10) |
926 a 886 a.C |
Azarias, filho de Obede e Hanani |
|
Josafá |
25 anos (1 Rs 22:42) |
886 a 864 a.C |
Jeú, filho de Hanani e Eliéser |
|
Jeorão |
8 anos (2 Rs 8:17) |
865 a 858 a.C |
Elias |
|
Acazias |
1 ano (2 Rs 8:26) |
854 a 858 a.C |
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|
Atalia (rainha) |
7 anos (2 Rs 11:3; 4; 12:1) |
858 a 831 a.C |
|
|
Joás |
40 anos (2 Rs 12:1) |
852 a 813 a.C |
Joel |
|
Amazias |
29 anos (2 Rs 14:2) |
812 a 784 a.C |
|
|
Azarias (Uzias) |
52 anos (2 Rs 15:2) |
799 a 748 a.C |
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|
Jotão |
16 anos (2 Rs 15:32-33) |
747 a 732 a.C |
Isaías e Miquéias |
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Acaz |
16 anos (2 Rs 16:1-2) |
732 a 717 a.C |
Isaías e Miquéias |
|
Ezequias |
29 anos (2 Rs18:1-2) |
717 a 698 a.C |
Isaías e Miquéias |
|
Manassés |
55 anos (2 Rs 21:1) |
697 a 642 a.C |
|
|
Entre o Reinado de Manassés e Amom |
63 anos (2 Cr 33:11) |
688 a 625 a.C |
Judá Torna-se fantoche nas mãos dos Assírios |
|
Amom |
2 anos (2 Rs 21:19) |
642 a 640 a.C |
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|
Josias |
31 anos (2 Rs 22:1) |
640 a 609 a.C |
Naum, Jeremias, Sofonias, Hulda, Jedutum e Habacuque |
|
BABILÔNIA – POTÊNCIA MUNDIAL (612 a 539 a.C) |
|
Jeoacaz |
3 meses (2 Rs 23:31) |
608 a.C |
Jeremias |
|
Jeoaquim (Eliaquim) |
11 anos (2 Rs 23:36) |
608 a 598 a.C |
Urias e Jeremias |
|
Joaquim (Jeconias) |
3 meses (2 Rs 24:8) |
598 a.C |
Jeremias |
|
Zedequias (Matatias) |
11 anos (2 Rs 24:18) |
597 a 586 a.C |
Jeremias |
|
QUEDA DO REINO SUL E DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM (586 a.C) |
4 - Estrutura e Conteúdo dos Livros
O livro de Reis está
organizado da seguinte maneira:
·
Rei
Salomão (1 Rs 1-11)
·
Rei
Roboão (1 Rs 12:1-22)
·
Reis
de Israel e Judá de 931 a.C. a 853 a.C. (1 Rs
12:22 a 16:34) – Reis: Jeroboão I, Roboão, Abias, Asa, Nadabe, Baasa,
Elá, Zinri, Onri, Acabe
·
Elias
e Eliseu (1 Rs 17:1 a 2 Rs 8:15) - Rei
Josafá, rei Acazias, rei Jorão
·
Reis
de Israel e Judá de 852 a.C. a 722 a.C. (2 Rs 8:16
a 2 Rs 17:41) – Reis: Jeorão, Acazias, Jeú, Atalia e Joás, Jeoacaz,
Jeoás, Amazias, Jeroboão II, Azarias, Zacarias, Salum, Menaém, Pecaías, Pecal,
Jotão, Acaz, Oséias
·
Queda
de Samaria (Israel) – 2 Rs 17:4-41
·
Reino
de Judá de 729 a.C. a 586 a.C. (2 Rs 18:1 – 24:17)
- Reis: Ezequias (Assíria contra Judá), Manassés, Amon, Josias, Jeocaz,
Jeoaquim (Primeira invasão babilônica), Joaquim (Segunda invasão babilônica)
·
Queda
de Jerusalém (Judá) – 2 Rs 25:1-21
·
Governador
Gedalias (2 Rs 25:22-26)
·
Joaquim
no exílio (2 Rs 24:12 – 25:27)
Estas histórias são contadas simultaneamente de forma intercalada entre os reis
do Norte (Israel) e do Sul (Judá), e só são interrompidas pelos relatos dos
profetas Elias e Eliseu, que foram importante testemunho da fidelidade de Deus
para com Israel, mesmo após a adoração a Baal ser instituída como religião
oficial do Reino do Norte (Israel) pelo rei Acabe, quando se casou com a
princesa fenícia Jezabel (1 Rs 21:25-26).
O livro dos Reis narram
o desenvolvimento da história do povo hebreu no período monárquico unido e
posteriormente dividido. Este desenvolvimento é narrado sob a ótica da
obediência e desobediência em relação à aliança de Deus com o povo hebreu.
Os personagens
principais desses livros são os reis e os profetas, que eram os responsáveis
pelo cumprimento da aliança por parte do povo. O rei sendo o representante do
povo diante de Deus, e o profeta como consciência divina para esse rei, pois
quando falhava no cumprimento da aliança, gerava tipicamente dois problemas:
idolatria e injustiça social, que consequentemente trouxe a opressão por povos
vizinhos, a queda da família real e, por fim, o exílio, a perda da terra da
promessa.
O propósito literário
do livro de Reis é autenticar a dinastia davídica como a herdeira oficial do
trono de Jerusalém, conforme profecia de Natã a Davi em 2 Samuel 7:12.
O registro de Reis é
feito de forma complementar ao livro de Samuel, mostrando a soberania de Deus
na história da aliança mesmo em face às más escolhes humanas com suas
responsabilidades e autonomia.
5 - Conclusão
Deus odeia o pecado e não permitirá que continue indefinidamente.
Se pertencermos a Ele,
podemos esperar Sua disciplina quando Lhe desobedecemos. Um Pai amoroso corrige
seus filhos para o seu bem e para demonstrar sua paternidade.
Deus pode, por vezes,
utilizar os incrédulos para trazer correção ao Seu povo e Ele nos dá
advertência antes de proferir julgamento.
Como Cristãos, temos a
Sua Palavra para nos guiar e nos advertir quando nos desviamos do Seu caminho.
Assim como os profetas
antigos, Sua Palavra é confiável e sempre fala a verdade. A fidelidade de Deus
para o Seu povo nunca falhará, mesmo quando nós mesmos falhamos.
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