Introdução ao Estudo da Bíblia
"No
princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." (João 1:1)
1 - O que é a Bíblia
A Bíblia é o livro sagrado
do Cristianismo.
Ela é o livro mais famoso e
mais produzido no mundo.
Seus 66 livros foram
escritos por mais de 40 pessoas, das mais diferentes profissões, culturas e
nacionalidades, durante um período aproximado de 1.600 anos e em 3 línguas
diferentes.
Como é dividida em duas
partes, levou 1500 anos para escrever o Antigo Testamento (39 livros), e 100
anos o Novo Testamento (27 livros).
O Antigo Testamento foi
escrito em Hebraico com alguns poucos textos em aramaico (2 Rs 18.26; Dn 2.4-7.28; Ed
4.8-6.18;7.12-26; Jr 10.11 e duas
palavras em Gn, 31:47) e o
Novo Testamento foi escrito em grego, salvo o livro de Mateus, em específico o
“Sermão do Monte”, que alguns
estudiosos afirmam ter sido escrito em hebraico.
A palavra testamento
significa “aliança” ou “pacto”.
Na bíblia encontramos a
origem da natureza, da humanidade, do pecado, a formação do povo de Israel e
toda a sua trajetória até a vinda do messias, a formação da igreja, seu
propósito e futuro.
Sua incrível uniformidade
faz da Bíblia um livro singular, que embora sendo livros separados, precisam
ser estudados simultaneamente, pois se completam.
“O Antigo Testamento ilustra o Novo Testamento,
enquanto o Novo por sua vez explica o Antigo”.
2 -
Como a Bíblia foi Inspirada
1 – Teoria Mecânica ou Ditacional
Os defensores desta teoria
acreditam que os escritores da Bíblia simplesmente colocaram no papel o que foi
“ditado”, silaba por silaba, pelo Espírito Santo através de um anjo, e que não
houve nenhuma participação do elemento humano no conteúdo dos textos. Os seus
adeptos têm dificuldade em explicar as peculiaridades
individuais, percebida, quando se compara o estilo literário de um
livro bíblico com outro, tão evidente nos textos bíblicos.
“Podemos dizer que a
bíblia é a Palavra de Deus, e não palavras de Deus.
Porque Deus não ditou as palavras que foram
escritas.”
2 – Teoria da Intuição:
Enquanto que na Teoria
Mecânica a ênfase está no elemento sobrenatural, na Teoria da Intuição a ênfase
está no elemento humano. Para os seus defensores os escritores bíblicos tinham apenas
um conhecimento mais elevado que os demais seres humanos de suas épocas. Esta
teoria defende que a Bíblia é apenas mais uma obra literária criada pelo
engenho humano.
3 – Teoria da
Iluminação:
Para estes, os escritores
bíblicos tiveram uma elevação da sua percepção religiosa semelhante a
iluminação que todo ser humano recebe após a sua conversão, dada pelo contato
com o Espírito Santo. Assim, para esta teoria, a Inspiração diferiu apenas no
“tamanho”, e não em qualidade, daquela inspiração que todo o crente tem.
Diz que Deus aumentou a
capacidade humana, aumentando sua inteligência e sensibilidade com a finalidade
de entender Deus. Pessoas receberam uma iluminação divina a ponto de decifrarem
Deus e adivinharem tudo o que era pra ser escrito.
4 – Teoria Dinâmica:
Teoria através da qual se diz que se estabeleceu
um diálogo entre Deus e os autores humanos, semelhante ao diálogo que temos com
a nossa consciência onde os autores foram guiados em seus pensamentos, em suas
percepções, supervisionados em suas leituras de fatos históricos e escreveram,
numa conversa com Deus onde Deus deu liberdade para que os autores escrevessem,
e respeitou a personalidade de cada um.
Homens
foram impelidos pelo espírito de Deus registraram suas impressões, suas
conclusões de seus relacionamentos com Deus, suas percepções da realidade e que
foram orientados, esclarecidos, supervisionados enquanto escreveram, e
escreveram não as palavras de Deus, mas a verdade de Deus em suas próprias
palavras, compreendendo o ponto de vista de Deus naquilo que viram ou ouviram.
Esta é a teoria mais acertada e
a mais aceita pelos cristãos, é assim, que nós evangélicos acreditamos.
“Acima de tudo, porém, lembrem
disto: ninguém pode explicar, por si mesmo, uma profecia das Escrituras
Sagradas. Pois nenhuma mensagem profética veio da vontade humana, mas as
pessoas eram guiadas pelo Espírito Santo quando anunciavam a mensagem que vinha
de Deus”. (2 Pedro, 20-21)
“A bíblia foi escrita por
pessoas, guiadas por Deus e inspiradas pelo Espírito Santo”.
3
- Como a Bíblia chegou até nós?
1 - Tradição
Oral
Antes, a
Bíblia como livro não existia, era transmitida oralmente. Cada chefe de família
tinha a responsabilidade de ensinar a seus filhos à Palavra de Deus como havia
aprendido de seus pais. “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as
inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (Deuteronômio, 6: 6,7)
2 - A História
Escrita
Os ensinos transmitidos nas famílias começaram a
ser escritos assim que surgiu a escrita. Foram escritos em madeira, blocos de
argila e principalmente em pedras (Êxodo 34:1, 27,28).
Moisés foi o primeiro escritor da Bíblia.
Devido às dificuldades de carregar os escritos em
pedra, principalmente no êxodo, começou-se a escrever em peles de animais e em
papiro (casca de uma planta). Eram guardados em vasos de barro para durar mais
tempo. Depois começaram a tratar o couro e costurá-lo, enrolando com duas
hastes de madeira para dar firmeza e assim puderam condensar um livro inteiro
em um só pergaminho.
3 – Tradução
em Português
O
tradutor da Bíblia em português foi João Ferreira de Almeida, nascido em
Portugal no ano 1628. Converteu-se aos 14 anos, sentiu o chamado de Deus para a
tradução da Bíblia e começou a se preparar ainda com 16 anos, terminando sua
tradução do NT em 1644. Por isso foi condenado pelo papa em 1661. Morreu em
1691 enquanto traduzia o último capítulo de Ezequiel e seu amigo Jacobus Akkercompletou
a tradução em 1694.
Ainda existem “2251 idiomas, representando 193
milhões de pessoas, precisam de uma tradução da Bíblia
4
– De que Forma a Bíblia foi Estruturada
Os livros desta Biblioteca não estão dispostos aleatoriamente,
mas foram bem organizados e podem ser distinguidos em grupos de acordo com o
assunto, seu objetivo e forma de transmitir a mensagem.
*
PENTATEUCO: Cinco livros da lei, escritos por Moisés;
* HISTÓRICOS: Livros que relatam histórias do povo
de Deus ou da igreja;
* POÉTICOS: Livros escritos em forma de poesia;
* PROFÉTICOS: Livros de profecias escritos por
profetas. Os maiores são os que escreveram mais e ou
profetizaram por mais tempo. E os menores foram aqueles que
escreveram menos ou profetizaram por menos tempo.
* EVANGELHOS: Descrevem as palavras e atos de
Jesus;
* EPÍSTOLAS: Cartas endereçadas às igrejas. O
Apóstolo Paulo escreveu para igrejas específicas (dando o nome da cidade onde
está a igreja) e as gerais, foram escritas por outros apóstolos (levam seus
nomes) endereçadas a todas as igrejas.
* REVELAÇÃO: Descrição de sonhos e visões
proféticas.
É importante saber desses grupos de livros na
Bíblia para melhorar o entendimento da leitura. Você não lê um livro de poesias
como se fosse um jornal, nem lê uma história como se fosse uma música. Deste
modo ao ler o Pentateuco você sabe que está lendo um livro de leis e normas, os
livros históricos como experiências de vida do povo de Deus, os livros poéticos
como canções e os Proféticos como anúncios de Deus através dos profetas. Assim
também os Evangelhos devem ser lidos como boas novas da vinda do Messias ao
mundo, o livro de Atos é um livro Histórico que conta o início da história da
Igreja, as Epístolas ou Cartas são mensagens pastorais às igrejas e o
Apocalipse é um livro de Revelação sobre o futuro da humanidade.
“Quanto a você, continue firme
nas verdades que aprendeu e em que creu de todo o coração. Você sabe quem foram
os seus mestres na fé cristã. E, desde menino, você conhece as Escrituras
Sagradas, as quais lhe podem dar a sabedoria que leva à salvação, por meio da
fé em Cristo Jesus. Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é
útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira
certa de viver”. (1
Timóteo, 3:14 -16)
4.1 – Formas
Literárias da Bíblia:
Dividem-se assim os diversos
gêneros literários encontrados na bíblia:
A) Narrativo – Histórico e
Didático
B) Legislativo
C) Sapiencial
D) Profético
E) Cânticos
Depois do cativeiro
babilônico, muitos judeus emigraram da Palestina para o Egito e outros lugares
e foram esquecendo a língua materna, pois o grego se tornou a língua
internacional da dominação grega (333 a 301 a.C). Por isso no século III a.C um
grupo de sábios (72?) fez a tradução que é chamada de SEPTUAGINTA. Essa tradução foi feita em Alexandria pra a comunidade
judaica dessa cidade, e dificilmente pode ser anterior a 250 a.C.
Essa
tradução foi muito usada pelos primeiros cristãos. Ela se tornou a bíblia da
igreja primitiva, e 300 das 350 citações do AT no NT são tiradas das
septuagintas.
Pelo
fato dos cristãos usarem muito essa tradução, os judeus a rejeitaram e foram
feitas novas traduções, como a de Áquila, Símaco, Teodocião, todas do século II
d.C.
Além
da tradução grega, houve traduções latinas da bíblia, por causa da necessidade
dos cristãos que falavam o latim e não mais o grego.
A
mais importante delas, porém, é a VULGATA, nome dado desde o século XIII à
versão latina feita por São Jerônimo (347-420 d.C)
5 -
A Bíblia Impressa
Por serem muitos pergaminhos, era uma verdadeira
biblioteca, daí vem o nome Bíblia = Biblioteca. Surgiu então a necessidade de
juntar estes livros em um só volume. Isso só foi possível quando Gutenberg
inventou a imprensa no século XVI e o primeiro livro impresso e encadernado foi
a Bíblia.
Com o tempo outra dificuldade foi encontrada: um
grande livro contendo 66 outros livros sendo difícil para encontrar uma
passagem.
Então Stephen Langton dividiu os textos em capítulos
em 1227, e o francês Robert Satephanus dividiu os capítulos em versículos em
1551.
A primeira versão editada em capítulos e versículos
da forma que conhecemos foi em 1555, por Robert Stevens, sendo a Vulgata latina
(tradução da bíblia original para o latim).
6 -
Livros Apócrifos
A
palavra “apócrifa” significa “escrito secreto, reservado, oculto, não lido
publicamente”. Os livros apócrifos não fazem parte do cânon – lista oficial de
livros inspirados – da Bíblia Sagrada. O conteúdo de alguns deles pode ser
considerado ao máximo como um auxílio para entender alguns detalhes históricos,
não de fé.
Eles
não foram aceitos pelos protestantes porque não faz parte da septuaginta e
porque foi acrescentado em 1546 pela igreja católica no Concílio do Vaticano
II.
A
Igreja Romana aprovou os apócrifos em 8 de Abril de 1546 como meio de combater
a Reforma protestante. Nessa época os protestantes combatiam violentamente as
doutrinas romanistas do purgatório, oração pelos mortos, salvação pelas obras,
etc. Os romanistas viam nos apócrifos, base para tais doutrinas e apelaram para
eles aprovando-os como canônicos.
Os
livros apócrifos, assim como alguns capítulos e versículos apócrifos extintos
da bíblia, foram escritos em grego.
São
estes os livros e textos apócrifos:
·
Livros: Tobias, Judite, Sabedoria, 1 e 2
Macabeus, Baruc e Eclesiástico.
·
Capítulos: Ester, 10: 4 a 16; Daniel, 3: 24 a
90 e Daniel capítulos 13 e 14.
7 - Diferenças entre as Bíblias Hebraicas, Protestantes e Católicas:
Diferenças
Básicas:
1. Bíblia Hebraica - a Bíblia dos
judeus
a) Contém somente
os 39 livros do V.T.
b) Rejeita os 27 do
N.T. como inspirado, assim como rejeitou Cristo.
c) Não aceita os
livros apócrifos incluídos na Vulgata (versão Católico Romana)
2. Bíblia Protestante
a) Aceita os 39
livros do V.T. e também os 27 do N.T.
b) Rejeita os
livros apócrifos incluídos na Vulgata, como não canônicos.
3. Bíblia Católica
a) Contém os 39
livros do V.T. e os 27 do N.T.
b) Inclui na versão
Vulgata, os livros apócrifos ou não canônicos que são:
Tobias, Judite,
Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1º e 2º de Macabeus, seis capítulos e dez
versículos acrescentados no livro de Ester e dois capítulos de Daniel.
8 – Tipologia Bíblica
A tipologia é um tipo especial de simbolismo. (Um símbolo
é algo que representa outra coisa.) Podemos definir um tipo como um "símbolo profético" porque
todos os tipos são representações de algo ainda futuro. Mais especificamente,
um tipo nas Escrituras é uma pessoa ou coisa no Antigo Testamento que prenuncia
uma pessoa ou coisa no Novo Testamento. Por exemplo, o dilúvio dos dias de Noé
(Gênesis 6-7) é usado como um tipo de batismo em
1 Pedro 3:20-21. A palavra para tipo que Pedro usa é figura.
Quando dizemos que alguém é um tipo de Cristo, estamos dizendo que uma pessoa no Antigo Testamento se comporta de uma maneira que corresponde ao caráter ou ações de Jesus no Novo Testamento. Quando dizemos que algo é "típico" de Cristo, estamos dizendo que um objeto ou evento no Antigo Testamento pode ser visto como representante de alguma qualidade de Jesus.
A própria Escritura identifica vários eventos do Antigo Testamento como tipos da redenção de Cristo, tais como o tabernáculo, o sistema sacrificial e a Páscoa. O tabernáculo do Antigo Testamento é identificado como um tipo em Hebreus 9:8-9: "Dessa maneira, o Espírito Santo estava revelando que, enquanto continuasse erguido o primeiro tabernáculo, o Caminho para o Santo dos Santos ainda não havia sido manifestado. Esse fato transforma-se numa ilustração para os nossos dias" A entrada do sumo sacerdote no lugar mais sagrado uma vez por ano prefigurava a mediação de Cristo, nosso Sumo Sacerdote. Mais tarde, diz-se que o véu da tenda é um tipo de Cristo (Hebreus 10:19-20) porque a Sua carne foi rasgada (assim como o véu durante a crucificação) a fim de proporcionar acesso à presença de Deus para aqueles que são cobertos pelo Seu sacrifício.
Todo o sistema de sacrifício é visto como um tipo em Hebreus 9:19-26. Os artigos do "primeiro testamento" foram dedicados com o sangue do sacrifício; estes artigos são chamados de "figuras das coisas que se acham nos céus" e "figura do verdadeiro" (versículos 23-24). Esta passagem ensina que os sacrifícios do Antigo Testamento tipificam o sacrifício final de Cristo pelos pecados do mundo. A Páscoa é também um tipo de Cristo, de acordo com 1 Coríntios 5:7: "Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado." Descobrir exatamente o que os eventos da Páscoa nos ensinam sobre Cristo é um estudo rico e gratificante.
Devemos destacar a diferença entre uma ilustração e um tipo. Um tipo é sempre identificado como tal no Novo Testamento. Um estudante da Bíblia encontrando correlações entre uma história do Antigo Testamento e a vida de Cristo está simplesmente encontrando ilustrações, não tipos. Em outras palavras, a tipologia é determinada pela Escritura. O Espírito Santo inspirou o uso de tipos; ilustrações e analogias são o resultado do estudo do homem. Por exemplo, muitas pessoas vêem paralelos entre José (Gênesis 37-45) e Jesus. A humilhação e subseqüente glorificação de José parecem corresponder à morte e ressurreição de Cristo. No entanto, o Novo Testamento nunca usa José como um modelo de Cristo; portanto, essa narrativa é chamada apenas de uma ilustração, mas não um tipo, de Cristo.
Quando dizemos que alguém é um tipo de Cristo, estamos dizendo que uma pessoa no Antigo Testamento se comporta de uma maneira que corresponde ao caráter ou ações de Jesus no Novo Testamento. Quando dizemos que algo é "típico" de Cristo, estamos dizendo que um objeto ou evento no Antigo Testamento pode ser visto como representante de alguma qualidade de Jesus.
A própria Escritura identifica vários eventos do Antigo Testamento como tipos da redenção de Cristo, tais como o tabernáculo, o sistema sacrificial e a Páscoa. O tabernáculo do Antigo Testamento é identificado como um tipo em Hebreus 9:8-9: "Dessa maneira, o Espírito Santo estava revelando que, enquanto continuasse erguido o primeiro tabernáculo, o Caminho para o Santo dos Santos ainda não havia sido manifestado. Esse fato transforma-se numa ilustração para os nossos dias" A entrada do sumo sacerdote no lugar mais sagrado uma vez por ano prefigurava a mediação de Cristo, nosso Sumo Sacerdote. Mais tarde, diz-se que o véu da tenda é um tipo de Cristo (Hebreus 10:19-20) porque a Sua carne foi rasgada (assim como o véu durante a crucificação) a fim de proporcionar acesso à presença de Deus para aqueles que são cobertos pelo Seu sacrifício.
Todo o sistema de sacrifício é visto como um tipo em Hebreus 9:19-26. Os artigos do "primeiro testamento" foram dedicados com o sangue do sacrifício; estes artigos são chamados de "figuras das coisas que se acham nos céus" e "figura do verdadeiro" (versículos 23-24). Esta passagem ensina que os sacrifícios do Antigo Testamento tipificam o sacrifício final de Cristo pelos pecados do mundo. A Páscoa é também um tipo de Cristo, de acordo com 1 Coríntios 5:7: "Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado." Descobrir exatamente o que os eventos da Páscoa nos ensinam sobre Cristo é um estudo rico e gratificante.
Devemos destacar a diferença entre uma ilustração e um tipo. Um tipo é sempre identificado como tal no Novo Testamento. Um estudante da Bíblia encontrando correlações entre uma história do Antigo Testamento e a vida de Cristo está simplesmente encontrando ilustrações, não tipos. Em outras palavras, a tipologia é determinada pela Escritura. O Espírito Santo inspirou o uso de tipos; ilustrações e analogias são o resultado do estudo do homem. Por exemplo, muitas pessoas vêem paralelos entre José (Gênesis 37-45) e Jesus. A humilhação e subseqüente glorificação de José parecem corresponder à morte e ressurreição de Cristo. No entanto, o Novo Testamento nunca usa José como um modelo de Cristo; portanto, essa narrativa é chamada apenas de uma ilustração, mas não um tipo, de Cristo.
9
– Como Estudar a Bíblia
Para melhor entendermos as Escrituras, precisamos interpretá-la corretamente
– (Ne 8.8; Lc 10.26)
CONSIDERAR O TODO
É preciso considerar o que toda a
Bíblia diz sobre um assunto, e não se prender a textos isolados – Is 28.13
“A soma das Tuas
Palavras é a verdade, e cada um das tuas justas ordenanças dura para sempre”. (Sl
119.160)
Todas as seitas e grupos heréticos baseiam-se em interpretações isoladas
de textos bíblicos.
A revelação é progressiva, vai sendo construída desde o V.T.
OBSERVAR CONTEXTOS
Um velho ditado entre os cristãos diz: “Texto sem contexto, não passa de pretexto...”
Precisamos examinar os contextos:
▪ Bíblico – o que
estava sendo tratado quando alguma afirmação foi feita; a que ela se referia; o
que mais diz o texto, etc.
▪ Histórico – a
quem foi escrito aquela porção; quando e porque foi escrita; qual a situação
que vivia naqueles dias; etc.
▪ Compreender a tipologia.
10 – Tá na Bíblia
Periódica:
A falta de “intimidade” com as Escrituras pode contribuir em
muito para o não entendimento do contexto das publicações que são
disponibilizadas aos cristãos (Livros, Periódicos, Revistas, etc.) que, em
geral, têm o conteúdo recheado com citações em suas diversas formas de
abreviações. A relação entre o cristão e a sua Bíblia não pode ser deficiente,
mas deve manifestar certa “perícia” do leitor com a sua “espada” (II Tm 2:15).
É básico “aprender” a identificar as abreviaturas comumente usadas para
“mapear” os textos sagrados para que a leitura não se torne infrutífera.
Desejamos que a “simplicidade” dos exemplos apresentados a seguir possa
auxiliar no sentido de promover um
melhor manuseio das Escrituras e de qualquer publicação abordando as mesmas.
10.1 ) Entendendo o Método
Para auxiliar de uma maneira simples e
prática publicamos as seguintes orientações quanto às abreviaturas. Vejamos:É
comum o uso de abreviaturas para se referir aos índices e citações bíblicas.
Geralmente os formatos convencionados seguem o padrão abaixo:
[ : ] Os “dois pontos” — Separam o capítulo
dos versos;
[ - ] O “hífen” — Indica uma faixa contínua de versos;
[ , ] A “vírgula” — Indica uma seqüência não contínua de versos;
[ ; ] O “ponto-e-vírgula” — Inicia um novo capítulo do mesmo livro, ou não, caso seguido de abreviação de outro Livro.
[ - ] O “hífen” — Indica uma faixa contínua de versos;
[ , ] A “vírgula” — Indica uma seqüência não contínua de versos;
[ ; ] O “ponto-e-vírgula” — Inicia um novo capítulo do mesmo livro, ou não, caso seguido de abreviação de outro Livro.
Exemplos:
§
Gn
3:1-15 — Gênesis, Capítulo 3, Versículos 1 a 15
§
Dn
9: 25, 27; 11:3-43 — Daniel, Capítulo 9, Versículos 25 e 27 e Capítulo 11,
Versículos 3 a 43
§
Mt
24-26 / Ap 1:1-8 — Mateus, Capítulos 24 a 26 e Apocalipse, Capítulo 1, Versículos
1 a 8
§
Rm
11: 18 — Romanos, Capítulo 11, Versículo 18
§
II
Ts 2:2-12 — Segunda Tessalonicenses, Capítulo 2, Versículos 2 a 12
Quando
quisermos citar a “Segunda Epístola aos Tessalonicenses”, basta escrevermos “2Ts“. Caso deseje
um capítulo mais específico nesta Epístola, siga o exemplo de “2Ts 2“. Entende-se
desta maneira: “Segunda Epístola aos Tessalonicenses, Capítulo dois”.
Para fazermos citações mais completas, usamos
alguns sinais de pontuação:
§
A
vírgula separa os versículos do capítulo:
Mt 16:18 -> Evangelho segundo Mateus, capítulo 16, versículo 18
Mt 16:18 -> Evangelho segundo Mateus, capítulo 16, versículo 18
§
O
hífen apresenta uma seqüência de capítulos ou versículos:
At 1-2 -> Atos dos Apóstolos, capítulos 1 e 2
Ex 15:2-5 -> Livro do Êxodo, capítulo 15, versículos 2 a 5
At 1-2 -> Atos dos Apóstolos, capítulos 1 e 2
Ex 15:2-5 -> Livro do Êxodo, capítulo 15, versículos 2 a 5
§
O
ponto apresenta capítulos e/ou versículos citados isoladamente.
I Cr 1:3 -> Primeiro Livro das Crônicas, capítulos 1 e 3
Is 32:1, 4, 6 -> Livro do Profeta Isaías, capítulo 32, versículos 1, 4 e 6
I Cr 1:3 -> Primeiro Livro das Crônicas, capítulos 1 e 3
Is 32:1, 4, 6 -> Livro do Profeta Isaías, capítulo 32, versículos 1, 4 e 6
§
O
ponto e vírgula dispõem capítulos e versículos isolados, mas pertencentes ao
mesmo livro.
Jo 3: 23-25; 6:1-4 -> Evangelho Segundo João, capítulo 3, versículos de 23 à 25 e capítulo 6, versículos de 1 à 4.
Jo 3: 23-25; 6:1-4 -> Evangelho Segundo João, capítulo 3, versículos de 23 à 25 e capítulo 6, versículos de 1 à 4.
11 - Conclusão:
A Bíblia é um livro que revela Deus, e precisamos perguntar a Ele o que Ele quer dizer. Se você é um cristão, o autor das Escrituras, o Espírito Santo, habita em você e Ele quer que você compreenda o que está escrito.A bíblia não foi escrita para responder nossas interrogações, mas para transformar nossas atitudes. Ela não foi escrita para dizer como as coisas funcionam, mas para nos mostrar quem é este que faz as coisas funcionarem. Precisamos ter consciência de que Deus usou homens para escrevê-la. Estes homens tinham um tema em mente, um propósito para escrever, uma questão ou questões específicas às quais se referiam. Ler o contexto para descobrir quem escreveu para quem foi escrito, quando foi escrito e por que foi escrito, é a melhor forma de entender a mensagem das escrituras e poder absorver dela a mensagem exata que Deus queria nos enviar.
“E as palavras
que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis
que sejam também capazes de ensiná-las
a outros”. (2 Timóteo 2:2)
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