Introdução ao Estudo da Bíblia


"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." (João 1:1)

1 - O que é a Bíblia

A Bíblia é o livro sagrado do Cristianismo.
Ela é o livro mais famoso e mais produzido no mundo.
Seus 66 livros foram escritos por mais de 40 pessoas, das mais diferentes profissões, culturas e nacionalidades, durante um período aproximado de 1.600 anos e em 3 línguas diferentes.
Como é dividida em duas partes, levou 1500 anos para escrever o Antigo Testamento (39 livros), e 100 anos o Novo Testamento (27 livros).
O Antigo Testamento foi escrito em Hebraico com alguns poucos textos em aramaico (2 Rs 18.26;    Dn 2.4-7.28; Ed 4.8-6.18;7.12-26; Jr 10.11  e duas palavras em Gn, 31:47)  e o Novo Testamento foi escrito em grego, salvo o livro de Mateus, em específico o “Sermão do Monte”, que alguns estudiosos afirmam ter sido escrito em hebraico.
A palavra testamento significa “aliança” ou “pacto”.
Na bíblia encontramos a origem da natureza, da humanidade, do pecado, a formação do povo de Israel e toda a sua trajetória até a vinda do messias, a formação da igreja, seu propósito e futuro.
Sua incrível uniformidade faz da Bíblia um livro singular, que embora sendo livros separados, precisam ser estudados simultaneamente, pois se completam.

“O Antigo Testamento ilustra o Novo Testamento, 
enquanto o Novo por sua vez explica o Antigo”.

2 - Como a Bíblia foi Inspirada

1 – Teoria Mecânica ou Ditacional

Os defensores desta teoria acreditam que os escritores da Bíblia simplesmente colocaram no papel o que foi “ditado”, silaba por silaba, pelo Espírito Santo através de um anjo, e que não houve nenhuma participação do elemento humano no conteúdo dos textos. Os seus adeptos têm dificuldade em explicar as peculiaridades individuais, percebida, quando se compara o estilo literário de um livro bíblico com outro, tão evidente nos textos bíblicos.

“Podemos dizer que a bíblia é a Palavra de Deus, e não palavras de Deus.
 Porque Deus não ditou as palavras que foram escritas.”

2 – Teoria da Intuição:

Enquanto que na Teoria Mecânica a ênfase está no elemento sobrenatural, na Teoria da Intuição a ênfase está no elemento humano. Para os seus defensores os escritores bíblicos tinham apenas um conhecimento mais elevado que os demais seres humanos de suas épocas. Esta teoria defende que a Bíblia é apenas mais uma obra literária criada pelo engenho humano.

3 – Teoria da Iluminação:

Para estes, os escritores bíblicos tiveram uma elevação da sua percepção religiosa semelhante a iluminação que todo ser humano recebe após a sua conversão, dada pelo contato com o Espírito Santo. Assim, para esta teoria, a Inspiração diferiu apenas no “tamanho”, e não em qualidade, daquela inspiração que todo o crente tem.
Diz que Deus aumentou a capacidade humana, aumentando sua inteligência e sensibilidade com a finalidade de entender Deus. Pessoas receberam uma iluminação divina a ponto de decifrarem Deus e adivinharem tudo o que era pra ser escrito.

4 – Teoria Dinâmica:

Teoria através da qual se diz que se estabeleceu um diálogo entre Deus e os autores humanos, semelhante ao diálogo que temos com a nossa consciência onde os autores foram guiados em seus pensamentos, em suas percepções, supervisionados em suas leituras de fatos históricos e escreveram, numa conversa com Deus onde Deus deu liberdade para que os autores escrevessem, e respeitou a personalidade de cada um.
Homens foram impelidos pelo espírito de Deus registraram suas impressões, suas conclusões de seus relacionamentos com Deus, suas percepções da realidade e que foram orientados, esclarecidos, supervisionados enquanto escreveram, e escreveram não as palavras de Deus, mas a verdade de Deus em suas próprias palavras, compreendendo o ponto de vista de Deus naquilo que viram ou ouviram.
Esta é a teoria mais acertada e a mais aceita pelos cristãos, é assim, que nós evangélicos acreditamos.

“Acima de tudo, porém, lembrem disto: ninguém pode explicar, por si mesmo, uma profecia das Escrituras Sagradas. Pois nenhuma mensagem profética veio da vontade humana, mas as pessoas eram guiadas pelo Espírito Santo quando anunciavam a mensagem que vinha de Deus”. (2 Pedro, 20-21)


“A bíblia foi escrita por pessoas, guiadas por Deus e inspiradas pelo Espírito Santo”.


3 - Como a Bíblia chegou até nós?

1 - Tradição Oral

Antes, a Bíblia como livro não existia, era transmitida oralmente. Cada chefe de família tinha a responsabilidade de ensinar a seus filhos à Palavra de Deus como havia aprendido de seus pais. “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (Deuteronômio, 6: 6,7)
2 - A História Escrita

Os ensinos transmitidos nas famílias começaram a ser escritos assim que surgiu a escrita. Foram escritos em madeira, blocos de argila e principalmente em pedras (Êxodo 34:1, 27,28). Moisés foi o primeiro escritor da Bíblia.
Devido às dificuldades de carregar os escritos em pedra, principalmente no êxodo, começou-se a escrever em peles de animais e em papiro (casca de uma planta). Eram guardados em vasos de barro para durar mais tempo. Depois começaram a tratar o couro e costurá-lo, enrolando com duas hastes de madeira para dar firmeza e assim puderam condensar um livro inteiro em um só pergaminho.

3 – Tradução em Português

O tradutor da Bíblia em português foi João Ferreira de Almeida, nascido em Portugal no ano 1628. Converteu-se aos 14 anos, sentiu o chamado de Deus para a tradução da Bíblia e começou a se preparar ainda com 16 anos, terminando sua tradução do NT em 1644. Por isso foi condenado pelo papa em 1661. Morreu em 1691 enquanto traduzia o último capítulo de Ezequiel e seu amigo Jacobus Akkercompletou a tradução em 1694.


Ainda existem “2251 idiomas, representando 193 milhões de pessoas, precisam de uma tradução da Bíblia

4 – De que Forma a Bíblia foi Estruturada

 

Os livros desta Biblioteca não estão dispostos aleatoriamente, mas foram bem organizados e podem ser distinguidos em grupos de acordo com o assunto, seu objetivo e forma de transmitir a mensagem.

     * PENTATEUCO: Cinco livros da lei, escritos por Moisés;
* HISTÓRICOS: Livros que relatam histórias do povo de Deus ou da igreja;
* POÉTICOS: Livros escritos em forma de poesia;
* PROFÉTICOS: Livros de profecias escritos por profetas. Os maiores são os que escreveram mais e ou profetizaram por mais tempo. E os menores foram aqueles que escreveram menos ou profetizaram por menos tempo.
* EVANGELHOS: Descrevem as palavras e atos de Jesus;
* EPÍSTOLAS: Cartas endereçadas às igrejas. O Apóstolo Paulo escreveu para igrejas específicas (dando o nome da cidade onde está a igreja) e as gerais, foram escritas por outros apóstolos (levam seus nomes) endereçadas a todas as igrejas.
* REVELAÇÃO: Descrição de sonhos e visões proféticas.



É importante saber desses grupos de livros na Bíblia para melhorar o entendimento da leitura. Você não lê um livro de poesias como se fosse um jornal, nem lê uma história como se fosse uma música. Deste modo ao ler o Pentateuco você sabe que está lendo um livro de leis e normas, os livros históricos como experiências de vida do povo de Deus, os livros poéticos como canções e os Proféticos como anúncios de Deus através dos profetas. Assim também os Evangelhos devem ser lidos como boas novas da vinda do Messias ao mundo, o livro de Atos é um livro Histórico que conta o início da história da Igreja, as Epístolas ou Cartas são mensagens pastorais às igrejas e o Apocalipse é um livro de Revelação sobre o futuro da humanidade.


“Quanto a você, continue firme nas verdades que aprendeu e em que creu de todo o coração. Você sabe quem foram os seus mestres na fé cristã. E, desde menino, você conhece as Escrituras Sagradas, as quais lhe podem dar a sabedoria que leva à salvação, por meio da fé em Cristo Jesus. Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver”. (1 Timóteo, 3:14 -16)



4.1 – Formas Literárias da Bíblia:

Dividem-se assim os diversos gêneros literários encontrados na bíblia:
A) Narrativo – Histórico e Didático
B) Legislativo
C) Sapiencial
D) Profético
E) Cânticos

Depois do cativeiro babilônico, muitos judeus emigraram da Palestina para o Egito e outros lugares e foram esquecendo a língua materna, pois o grego se tornou a língua internacional da dominação grega (333 a 301 a.C). Por isso no século III a.C um grupo de sábios (72?) fez a tradução que é chamada de SEPTUAGINTA. Essa tradução foi feita em Alexandria pra a comunidade judaica dessa cidade, e dificilmente pode ser anterior a 250 a.C.
Essa tradução foi muito usada pelos primeiros cristãos. Ela se tornou a bíblia da igreja primitiva, e 300 das 350 citações do AT no NT são tiradas das septuagintas.
Pelo fato dos cristãos usarem muito essa tradução, os judeus a rejeitaram e foram feitas novas traduções, como a de Áquila, Símaco, Teodocião, todas do século II d.C.
Além da tradução grega, houve traduções latinas da bíblia, por causa da necessidade dos cristãos que falavam o latim e não mais o grego.
A mais importante delas, porém, é a VULGATA, nome dado desde o século XIII à versão latina feita por São Jerônimo (347-420 d.C)


5 - A Bíblia Impressa

Por serem muitos pergaminhos, era uma verdadeira biblioteca, daí vem o nome Bíblia = Biblioteca. Surgiu então a necessidade de juntar estes livros em um só volume. Isso só foi possível quando Gutenberg inventou a imprensa no século XVI e o primeiro livro impresso e encadernado foi a Bíblia.
Com o tempo outra dificuldade foi encontrada: um grande livro contendo 66 outros livros sendo difícil para encontrar uma passagem.
Então Stephen Langton dividiu os textos em capítulos em 1227, e o francês Robert Satephanus dividiu os capítulos em versículos em 1551.
A primeira versão editada em capítulos e versículos da forma que conhecemos foi em 1555, por Robert Stevens, sendo a Vulgata latina (tradução da bíblia original para o latim).

6 - Livros Apócrifos

A palavra “apócrifa” significa “escrito secreto, reservado, oculto, não lido publicamente”. Os livros apócrifos não fazem parte do cânon – lista oficial de livros inspirados – da Bíblia Sagrada. O conteúdo de alguns deles pode ser considerado ao máximo como um auxílio para entender alguns detalhes históricos, não de fé.
Eles não foram aceitos pelos protestantes porque não faz parte da septuaginta e porque foi acrescentado em 1546 pela igreja católica no Concílio do Vaticano II.
A Igreja Romana aprovou os apócrifos em 8 de Abril de 1546 como meio de combater a Reforma protestante. Nessa época os protestantes combatiam violentamente as doutrinas romanistas do purgatório, oração pelos mortos, salvação pelas obras, etc. Os romanistas viam nos apócrifos, base para tais doutrinas e apelaram para eles aprovando-os como canônicos.
Os livros apócrifos, assim como alguns capítulos e versículos apócrifos extintos da bíblia, foram escritos em grego.

São estes os livros e textos apócrifos:
·         Livros: Tobias, Judite, Sabedoria, 1 e 2 Macabeus, Baruc e Eclesiástico.
·         Capítulos: Ester, 10: 4 a 16; Daniel, 3: 24 a 90 e Daniel capítulos 13 e 14.


7 - Diferenças entre as Bíblias Hebraicas, Protestantes e Católicas:

Diferenças Básicas:
1. Bíblia Hebraica - a Bíblia dos judeus
a) Contém somente os 39 livros do V.T.
b) Rejeita os 27 do N.T. como inspirado, assim como rejeitou Cristo.
c) Não aceita os livros apócrifos incluídos na Vulgata (versão Católico Romana)

2. Bíblia Protestante
a) Aceita os 39 livros do V.T. e também os 27 do N.T.
b) Rejeita os livros apócrifos incluídos na Vulgata, como não canônicos.

3. Bíblia Católica
a) Contém os 39 livros do V.T. e os 27 do N.T.
b) Inclui na versão Vulgata, os livros apócrifos ou não canônicos que são:
Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1º e 2º de Macabeus, seis capítulos e dez versículos acrescentados no livro de Ester e dois capítulos de Daniel.

8 – Tipologia Bíblica

tipologia é um tipo especial de simbolismo. (Um símbolo é algo que representa outra coisa.) Podemos definir um tipo como um "símbolo profético" porque todos os tipos são representações de algo ainda futuro. Mais especificamente, um tipo nas Escrituras é uma pessoa ou coisa no Antigo Testamento que prenuncia uma pessoa ou coisa no Novo Testamento. Por exemplo, o dilúvio dos dias de Noé (Gênesis 6-7) é usado como um tipo de batismo em 1 Pedro 3:20-21. A palavra para tipo que Pedro usa é figura.

Quando dizemos que alguém é um tipo de Cristo, estamos dizendo que uma pessoa no Antigo Testamento se comporta de uma maneira que corresponde ao caráter ou ações de Jesus no Novo Testamento. Quando dizemos que algo é "típico" de Cristo, estamos dizendo que um objeto ou evento no Antigo Testamento pode ser visto como representante de alguma qualidade de Jesus.

A própria Escritura identifica vários eventos do Antigo Testamento como tipos da redenção de Cristo, tais como o tabernáculo, o sistema sacrificial e a Páscoa. O tabernáculo do Antigo Testamento é identificado como um tipo em Hebreus 9:8-9: "
Dessa maneira, o Espírito Santo estava revelando que, enquanto continuasse erguido o primeiro tabernáculo, o Caminho para o Santo dos Santos ainda não havia sido manifestado. Esse fato transforma-se numa ilustração para os nossos dias" A entrada do sumo sacerdote no lugar mais sagrado uma vez por ano prefigurava a mediação de Cristo, nosso Sumo Sacerdote. Mais tarde, diz-se que o véu da tenda é um tipo de Cristo (Hebreus 10:19-20) porque a Sua carne foi rasgada (assim como o véu durante a crucificação) a fim de proporcionar acesso à presença de Deus para aqueles que são cobertos pelo Seu sacrifício.

Todo o sistema de sacrifício é visto como um tipo em Hebreus 9:19-26. Os artigos do "primeiro testamento" foram dedicados com o sangue do sacrifício; estes artigos são chamados de "figuras das coisas que se acham nos céus" e "figura do verdadeiro" (versículos 23-24). Esta passagem ensina que os sacrifícios do Antigo Testamento tipificam o sacrifício final de Cristo pelos pecados do mundo. A Páscoa é também um tipo de Cristo, de acordo com 1 Coríntios 5:7: "Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado." Descobrir exatamente o que os eventos da Páscoa nos ensinam sobre Cristo é um estudo rico e gratificante.

Devemos destacar a diferença entre uma ilustração e um tipo. Um tipo é sempre identificado como tal no Novo Testamento. Um estudante da Bíblia encontrando correlações entre uma história do Antigo Testamento e a vida de Cristo está simplesmente encontrando ilustrações, não tipos. Em outras palavras, a tipologia é determinada pela Escritura. O Espírito Santo inspirou o uso de tipos; ilustrações e analogias são o resultado do estudo do homem. Por exemplo, muitas pessoas vêem paralelos entre José (Gênesis 37-45) e Jesus. A humilhação e subseqüente glorificação de José parecem corresponder à morte e ressurreição de Cristo. No entanto, o Novo Testamento nunca usa José como um modelo de Cristo; portanto, essa narrativa é chamada apenas de uma ilustração, mas não um tipo, de Cristo.

9 – Como Estudar a Bíblia

 Para melhor entendermos as Escrituras, precisamos interpretá-la corretamente – (Ne 8.8; Lc 10.26)

CONSIDERAR O TODO

É preciso considerar o que toda a Bíblia diz sobre um assunto, e não se prender a textos isolados – Is 28.13

 “A soma das Tuas Palavras é a verdade, e cada um das tuas justas ordenanças dura para sempre”. (Sl 119.160)

Todas as seitas e grupos heréticos baseiam-se em interpretações isoladas de textos bíblicos. 
A revelação é progressiva, vai sendo construída desde o V.T.

OBSERVAR CONTEXTOS

Um velho ditado entre os cristãos diz: 
“Texto sem contexto, não passa de pretexto...” 
Precisamos examinar os contextos:

▪ Bíblico – o que estava sendo tratado quando alguma afirmação foi feita; a que ela se referia; o que mais diz o texto, etc.

▪ Histórico – a quem foi escrito aquela porção; quando e porque foi escrita; qual a situação que vivia naqueles dias; etc.

▪ Compreender a tipologia.


10 – Tá na Bíblia Periódica:


A falta de “intimidade” com as Escrituras pode contribuir em muito para o não entendimento do contexto das publicações que são disponibilizadas aos cristãos (Livros, Periódicos, Revistas, etc.) que, em geral, têm o conteúdo recheado com citações em suas diversas formas de abreviações. A relação entre o cristão e a sua Bíblia não pode ser deficiente, mas deve manifestar certa “perícia” do leitor com a sua “espada” (II Tm 2:15). É básico “aprender” a identificar as abreviaturas comumente usadas para “mapear” os textos sagrados para que a leitura não se torne infrutífera. Desejamos que a “simplicidade” dos exemplos apresentados a seguir possa auxiliar no sentido de promover um melhor manuseio das Escrituras e de qualquer publicação abordando as mesmas.

10.1 ) Entendendo o Método

Para auxiliar de uma maneira simples e prática publicamos as seguintes orientações quanto às abreviaturas. Vejamos:É comum o uso de abreviaturas para se referir aos índices e citações bíblicas. Geralmente os formatos convencionados seguem o padrão abaixo:
[ : ] Os “dois pontos” — Separam o capítulo dos versos;
[ - ] O “hífen” — Indica uma faixa contínua de versos;
[ , ] A “vírgula” — Indica uma seqüência não contínua de versos;
[ ; ] O “ponto-e-vírgula” — Inicia um novo capítulo do mesmo livro, ou não, caso seguido de abreviação de outro Livro.
Exemplos:
§  Gn 3:1-15 — Gênesis, Capítulo 3, Versículos 1 a 15
§  Dn 9: 25, 27; 11:3-43 — Daniel, Capítulo 9, Versículos 25 e 27 e Capítulo 11, Versículos 3 a 43
§  Mt 24-26 / Ap 1:1-8 — Mateus, Capítulos 24 a 26 e Apocalipse, Capítulo 1, Versículos 1 a 8
§  Rm 11: 18 — Romanos, Capítulo 11, Versículo 18
§  II Ts 2:2-12 — Segunda Tessalonicenses, Capítulo 2, Versículos 2 a 12

Quando quisermos citar a “Segunda Epístola aos Tessalonicenses”, basta escrevermos “2Ts“. Caso deseje um capítulo mais específico nesta Epístola, siga o exemplo de “2Ts 2“. Entende-se desta maneira: “Segunda Epístola aos Tessalonicenses, Capítulo dois”.

Para fazermos citações mais completas, usamos alguns sinais de pontuação:
§  A vírgula separa os versículos do capítulo:
Mt 16:18 -> Evangelho segundo Mateus, capítulo 16, versículo 18
§  O hífen apresenta uma seqüência de capítulos ou versículos:
At 1-2 -> Atos dos Apóstolos, capítulos 1 e 2
Ex 15:2-5 -> Livro do Êxodo, capítulo 15, versículos 2 a 5
§  O ponto apresenta capítulos e/ou versículos citados isoladamente.
I Cr 1:3 ->  Primeiro Livro das Crônicas, capítulos 1 e 3
Is 32:1, 4, 6 -> Livro do Profeta Isaías, capítulo 32, versículos 1, 4 e 6
§  O ponto e vírgula dispõem capítulos e versículos isolados, mas pertencentes ao mesmo livro.
Jo 3: 23-25; 6:1-4 ->  Evangelho Segundo João, capítulo 3, versículos de 23 à 25 e capítulo 6, versículos de 1 à 4.





11 - Conclusão:

A Bíblia é um livro que revela Deus, e precisamos perguntar a Ele o que Ele quer dizer. Se você é um cristão, o autor das Escrituras, o Espírito Santo, habita em você e Ele quer que você compreenda o que está escrito.A bíblia não foi escrita para responder nossas interrogações, mas para transformar nossas atitudes. Ela não foi escrita para dizer como as coisas funcionam, mas para nos mostrar quem é este que faz as coisas funcionarem. Precisamos ter consciência de que Deus usou homens para escrevê-la. Estes homens tinham um tema em mente, um propósito para escrever, uma questão ou questões específicas às quais se referiam. Ler o contexto para descobrir quem escreveu para quem foi escrito, quando foi escrito e por que foi escrito, é a melhor forma de entender a mensagem das escrituras e poder absorver dela a mensagem exata que Deus queria nos enviar.
“E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as a homens fiéis que sejam também capazes de ensiná-las a outros”.  (2 Timóteo 2:2)

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